Minas Gerais foi o segundo Estado que mais destruiu a mata atlântica entre 2013 e 2014, de acordo com os dados divulgados pela Fundação SOS Mata Atlântica e o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) nesta quarta-feira (27). Os números fazem parte do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica.
Embora ocupe segunda colocação no ranking, logo atrás do Piauí, Minas registrou queda de 34% no desmatamento, em comparação com o período anterior. Esta já é a segunda vez que a taxa cai, já que, no levantamento passado, o Estado já havia recuado em 22%.
Para a Fundação SOS Mata Atlântica, a redução é resultado da moratória que, desde junho de 2013, impede a concessão de licenças e autorizações para supressão de vegetação nativa. A ação foi autorizada pelo Governo de Minas.
Pesquisa
A Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) divulgam hoje, Dia Nacional da Mata Atlântica, os novos dados do Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, no período de 2013 a 2014. A iniciativa tem o patrocínio de Bradesco Cartões e execução técnica da empresa de geotecnologia Arcplan.
O estudo aponta desmatamento de 18.267 hectares (ha), ou 183 Km², de remanescentes florestais nos 17 Estados da Mata Atlântica no período de 2013 a 2014, o que equivale a 18 mil campos de futebol, constituindo, porém, uma queda de 24% em relação ao período anterior (2012-2013), que registrou 23.948 ha.
A Mata Atlântica está distribuída ao longo da costa atlântica do país, atingindo áreas da Argentina e do Paraguai nas regiões Sudeste e Sul. De acordo com o Mapa da Área de Aplicação da Lei nº 11.428, a vegetação abrangia originalmente 1.309.736 km2 no território brasileiro.