Ameaças de traficantes deixaram um auxiliar de operações traumatizado. R., de 48 anos, teve uma arma de cano longo apontada para a cabeça no bairro Nacional, em Contagem, por supostamente ter dirigido pelo bairro sem saber durante um toque de recolher na última quarta-feira (19).
Ele voltava do trabalho para casa pelo caminho habitual quando foi cercado por quatro homens em duas motos na rua Léa Vitor. Sem entender o motivo, teve uma arma longa apontada para a cabeça e ouviu um dos criminosos ordenar: "apaga ele logo".
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— Eu fazia meu trajeto normal quando fui obrigado a frear, quase caí. O garupa tirou uma arma longa, que parecia uma metralhadora, e ficou apontando. Quando o outro falou "apaga ele logo" eu abaixei a cabeça. Em vez de atirar, eles errancaram em alta velocidade.
Quando conseguiu se acalmar, o motociclista fez outro caminho para voltar para casa e percebeu que todas as lojas estavam fechadas. Vizinhos disseram que havia um toque de recolher e só então o auxiliar compreendeu as ameaças.
— Sempre que morre algum traficante no bairro eles mandam todo mundo fechar as portas. Fiquei em pânico, muito assustado mesmo, e não quis denunciar com medo de ser reconhecido.
A Polícia Militar não confirma que houve toque de recolher no bairro Nacional na última semana. Segundo o Batalhão que cuida da área, nenhuma denúncia de suspeitos ameaçando moradores com armas foi registrada. A PM também ressalta a importância de registrar a ocorrência. Denúncias anônimas podem ser transmitidas pelo telefone 181.