Desembargadores do Tribunal de Justiça de Minas Gerais mantiveram a condenção de uma mulher que matou a sogra com golpes na cabeça em julho de 2004. Condenada a 12 anos de prisão em júri popular, Neusinha Alves Galvão recorreu para ter a sentença anulada, mas teve o recurso negado.
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O crime foi cometido dentro de casa, em Ibirité, na Grande BH, quando Terezinha Pereira Barbosa Santos foi morta pela nora com pancadas no rosto por causa de brigas entre as duas. Segundo o processo, Terezinha Barbosa descobriu que o filho era traído por Neusinha Galvão com outros homens. Ela revelou o caso extraconjugal para parentes e para o próprio filho, mas ele se recusou a pedir a sepração. Como as brigas continuaram, a nora decidiu executar a sogra quando o marido saísse para trabalhar.
No começo da manhã de 3 de julho de 2004, Terezinha foi atingida no rosto e caiu morta na sala de casa. Quando Neusinha chamou a polícia, por volta das 14h, o corpo e a cena do crime estavam limpoos. A nora alegou que a sogra saiu de casa, foi agredida na calçada e voltou para pedir ajuda, mas não suportou os ferimentos. Neusinha alegou que a acomodou deitada e decidiu limpar o sangue.
O juri considerou - decisão mantida pelos desembargadores da 5ª Câmara Criminal - que se a agressão tivesse ocorrido na rua alguém teria testemunhado, já que um ponto de ônibus perto da casa sempre fica cheio no horário. No caminho também não havia marcas de sangue.
Os desembargadores também consideraram a perícia médica, que descartou que o crime tivesse ocorrido fora de casa.