Quatro dias após o engavetamento no Anel Rodoviário de Belo Horizonte que terminou com dois mortos e seis feridos, na última sexta-feira (10), um dos sobreviventes relata os traumas causados pelo acidente.
“Se eu tirar a máscara você vai ver que estou com olheira. Eu não durmo. É um abala psicológico. Você deita e aquilo [o acidente] volta na sua mente toda hora”, desabafou o tecnólogo em logística, Claudir da Silva Ferreira, no segundo episódio da série Expresso da Morte. O especial da Record TV Minas levanta discussões sobre os problemas da via, que é palco de acidentes frequentes.
Ferreira conta que estava desempregado há três anos e tinha acabado de conseguir uma nova oportunidade, quando o acidente aconteceu. “Para trabalhar, eu nunca peguei essa via. Foi a primeira experiência, em uma semana de trabalho”, relatou.
O carro do tecnólogo foi um dos oito veículos envolvidos no acidente e ficou destruído, mas ele diz que o maior prejuízo foi emocional. Ferreira ainda não conseguiu voltar a dirigir e nem passar pelo Anel Rodoviário. “Estou indo trabalhar de ônibus”.
De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, em 2020, foram registrados 624 acidentes no Anel, com 26 mortes. Em 2021, os números aumentaram, chegando a 726 registros e 31 vítimas. Neste ano, já são 272 batidas e 11 mortes.
Assista à íntegra do episódio no topo da reportagem. O primeiro episódio está disponível abaixo.