Dois sargentos da Polícia Militar (PM) e o sobrinho de um deles foram presos, na noite desta terça-feira (6), suspeitos de matar o proprietário de uma casa de jogos de azar clandestina, no bairro Glória, na região noroeste de BH.
O crime aconteceu em uma das principais avenidas do bairro, que é de intenso movimento durante todo o dia. Testemunhas contaram à polícia que diversas pessoas estavam do lado de fora do estabelecimento, quando os suspeitos chegaram e obrigaram-nas a entrar no local, atiraram em Márcio Antônio Cruz, de 54 anos, e saíram como, se nada tivesse acontecido.
A polícia foi acionada e foi iniciada uma perseguição aos supostos autores. Um vídeo exclusivo, conseguido pelo jornalismo da RecordTV Minas, mostra o momento em que o veículo foi interceptado e os 3 suspeitos capturados, em frente à estação de metrô Cidade Industrial, na região noroeste da capital mineira.
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A perícia da Polícia Civil esteve no local e recolheu provas para tentar esclarecer a dinâmica do crime. O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). De acordo com o capitão da Polícia Militar Flávio Santiago, Cruz era conhecido como o rei das máquinas e tinha uma extensa ficha criminal.
— A vítima do homicídio tem passagens por receptação, jogos de azar, tráfico e uso de drogas.
Segundo Santigado, as testemunhas reconheceram os suspeitos, mas eles negam o envolvimento no crime.
— Eles disseram que não tinham visto a viatura se aproximar. A viatura informou que teria feito uma perseguição, inclusive com apoio do helicóptero e conseguiu fazer a abordagem dele.
Os jogos de azar promovidos no local não eram escondidos. Na parede da entrada do estabelecimento, tabelas com preços e informações são expostas. Aos fundos, máquinas de caça-níqueis ficam instaladas. A polícia apreendeu as armas dos militares suspeitos, o material da casa de jogos, aproximadamente, R$ 240 em dinheiro e algumas máquinas de cartão.
A motivação do homicídio ainda é investigada. A corregedoria da PM esteve na cena do crime. Os dois sargentos e Diego dos Santos Queiroz, de 30 anos, que é sobrinho de um dos militares, estão presos.
— A PM não coaduna com desvio de conduta. Mesmo que tenha que cortar na própria carne, ela sempre assim o fará.