A Polícia Civil de Minas Gerais conseguiu identificar os dois homens suspeitos de matar o policial militar Fábio Tadeu da Cunha, de 50 anos, durante um assalto no bairro Gutierrez, na região oeste de Belo Horizonte. Ele fazia a escolta do ex-governador do Estado, Alberto Pinto Coelho, quando foi surpreendido pelos criminosos Roberto Carlos Nunes de Souza, o Betinho, e Márcio David Silva, conhecido como Tuzinho. A dupla confessou o crime.
De acordo com as investigações, no dia do crime a vítima não estava fardada e manobrava o carro do político, na garagem do Partido Progressista, quando foi abordada pela dupla. O militar tentou se defender e os suspeitos o feriram com um tiro na barriga, utilizando sua própria arma, uma pistola calibre .40. Ele foi socorrido para o Hospital João 23, mas não resistiu e morreu no dia 15 de agosto.
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O delegado Júlio Zica, responsável pelas investigações, contou como os suspeitos agiram.
— Depois do conflito com o policial militar, Márcio David e Roberto ainda roubaram um veículo nas imediações e fugiram. A intenção da dupla era roubar o carro em que a vítima estava e, posteriormente, realizar outro assalto, no bairro Buritis.
O crime foi flagrado por câmeras de segurança instaladas nas imediações da sede do partido, o que levou a Polícia Civil a identificar, no dia 11 de agosto, Márcio David. De acordo com o delegado, ele havia sido preso em virtude de outro roubo à mão armada, ocorrido no bairro Dom Bosco, na região noroeste da capital.
Em seu depoimento, Márcio informou ainda o apelido do outro envolvido no crime, o que possibilitou que, no dia 22 de agosto, após diligências nas imediações do bairro Gameleira, Roberto Carlos fosse preso. Ao ser ouvido pelos policiais, Roberto também assumiu a participação no crime, confessando, inclusive, ser o autor do disparo que vitimou o sargento.
Com antecedentes criminais por roubo a banco e tráfico de drogas, Márcio David foi encaminhado para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Contagem. Já Roberto, que tinha passagem pela polícia por roubo e formação de quadrilha, está no Presídio de Bicas I. Eles serão indiciados por latrocínio (roubo seguido de morte), venda de arma e porte ilegal de arma. Se condenados, podem pegar entre 30 e 50 anos de prisão.