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Quadrilha com sede em Juiz de Fora é denunciada por tráfico internacional de drogas

Patrimônio do grupo é avaliado em R$ 70 milhões pela Polícia Federal

Minas Gerais|Do R7

Durante a operação, polícia apreendeu grande quantidade de dinheiro
Durante a operação, polícia apreendeu grande quantidade de dinheiro Durante a operação, polícia apreendeu grande quantidade de dinheiro

Uma quadrilha que tinha sede em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, foi denunciada pelo MFP (Ministério Público Federal) por tráfico internacional de drogas. O entorpecente era adquirido no Paraguai, na Bolívia e no Peru e vendido em diversos Estados do País.

Ao todo, 22 pessoas foram denunciadas por associação para o tráfico internacional de drogas. Outras 11 também foram acusadas de tráfico internacional e três de associação para o financiamento ao tráfico. O bando foi detido durante a Operação Athos, da Polícia Federal, no dia 10 de junho deste ano. Na época, foram cumpridos 22 mandados de prisão e 38 de busca. A ação contou com 250 policiais.

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Na denúncia, o MPF pede que a Justiça Federal mantenha as prisões preventivas dos acusados, como “única medida hábil à garantia da ordem pública e da aplicação da lei penal”, para evitar não apenas “a fuga dos denunciados, mas também a destruição de provas e coação de testemunhas”. Foi pedida também a manutenção do bloqueio dos bens.

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Organização

A organização era composta por núcleos, que, apesar de distintos, operavam de maneira coordenada e sistemática. Foram identificados dois núcleos fornecedores das drogas, um núcleo distribuidor, um núcleo comprador e um núcleo financeiro, que fomentava a atividade ilícita dos demais e auxiliava na ocultação patrimonial.

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Os grupos gravitavam em torno do núcleo distribuidor, cuja base operacional era em Juiz de Fora e era comandado por Peterson Pereira Monteiro, vulgo Zói, traficante conhecido na região e grande fornecedor de drogas em favelas cariocas como as do Acari, Maré, Rocinha e Morro do Alemão.

A droga, em especial cocaína, mas também significativas quantidades de maconha, era adquirida dos núcleos comandados por dois traficantes com extensa ficha criminal: José Severino da Silva, que operava a partir dos Estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e da região do Triângulo Mineiro, e Álvaro Daniel Roberto, cuja base de atuação era o interior de São Paulo.

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José Severino da Silva, o Cabecinha, foi inclusive investigado pela agência americana antidrogas, DEA (Drug Enforcement Administration), que o considerou de “alta periculosidade”. Nas atividades do núcleo, Cabecinha contava com o apoio do acusado Wilson Souza da Silva e dispunha de toda uma estrutura de aquisição, transporte e distribuição de drogas a partir da Bolívia, país onde fora proprietário de uma fazenda nas imediações de Puerto Suarei, na fronteira com o Brasil.

O outro denunciado, Álvaro Daniel Roberto, o Caipira, é considerado um dos mais expressivos traficantes com atuação no território nacional, com capacidade para internalizar grandes carregamentos de cocaína a partir da Bolívia e do Paraguai.

Patrimônio de R$ 70 milhões

O patrimônio do grupo é estimado em cerca de R$ 70 milhões e inclui cinco aeronaves, um jet-ski, quatro lanchas, 11 imóveis e 14 veículos, vários deles de luxo, além de valores e ativos depositados em instituições bancárias em titularidade de 28 CPFs e quatro CNPJs.

Dos 22 denunciados, estão foragidos os traficantes Álvaro Daniel, Carlos Simen Poeis e seu filho Sávio Simen, Claudiomar Ferreira e Ivan Martins.

William Silas encontra-se preso na Penitenciária de Ribeirão das Neves, em virtude de uma condenação por homicídio qualificado. Os demais acusados estão presos preventivamente na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH.

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