Em balanço apresentado nesta quarta-feira (15) na Cidade Administrativa, o secretário de Saúde de Minas Gerais, Fausto Pereira dos Santos, apontou um déficit de R$ 1,5 bilhão deixado pela administração passada, dos governadores Antonio Anastasia (PSDB) e Alberto Pinto Coelho (PP).
Deste valor, metade é de convênios firmados e não pagos para municípios e instituições filantrópicas. O Estado se comprometeu a repassar cerca de R$ 750 milhões para construção de unidades e compra de equipamentos, entre outros, mas o dinheiro nunca chegou.
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Os R$ 750 milhões restantes deveriam ter sido pagos até o fim de 2014 a fornecedores, repasses a hospitais e contratos com a Copasa e a Prodemge.
Santos reclamou da situação do caixa herdado e se comprometeu a hornar os pagamentos.
— Houve uma aplicação ineficiente dos recursos. Os investimentos realizados foram em formas de políticas específicas e não de maneira ampliada.O Governo de Minas se comprometeu a dar continuidade ao pagamento destas despesas que foram assumidas em 2014. Não temos como quitar o valor total de uma vez, mas estamos colocando como prioridade.
O secretário reclamou do desperdício de remédios e culpou o processo escolhido pelo governo anterior de centralizar a distribuição dos medicamentos. Foram R$ 13 milhões de prejuízo.
— A gestão passada apostou em um processo de centralização da assistência farmacêutica. Ao fazer isso, o governo assumiu uma logística extremamente complexa de armazenagem e distribuição dos componentes. Esse processo resultou na falta de itens e na não entrega dos medicamentos.