Servidores da Prefeitura de Belo Horizonte que estão em greve realizaram um ato simbólico na manhã desta terça-feira (26), na porta da instituição. Eles lavaram a escadaria do prédio do Executivo municipal, representando a limpeza da "má administração" da capital mineira, de acordo com o Sindibel (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte).
Ainda conforme a entidade, na próxima quarta-feira (27) haverá um novo protesto às 9h, na frente do Hospital Odilon Behrens, na região noroeste da cidade. Em seguida, o grupo sairá em passeata até a região central.
Entenda
A categoria decretou greve por tempo indeterminado na última segunda-feira (25). A decisão foi tomada durante assembleia realizada na manhã desta quarta-feira (20), às 9h, na Praça da Estação. Em seguida, os profissionais seguiram em passeata e pretendem se reunir na porta da PBH.
Conforme o Sindibel (Sindicato dos Servidores Públicos de Belo Horizonte), o setor eivindica reajuste salarial de 25% para funcionários ativos e aposentados retroativo desde 1º de janeiro de 2015.
Além disso, a pauta inclui ainda aumento do vale-refeição para R$ 30, marcação do dia 1º de maio como data referência para o aumento dos vencimentos e reconhecimento dos cursos de educação a distância e tecnólogos para progressão na carreira.
Ainda de acordo com o sindicato, os funcionários pedem a abertura de concursos públicos com garantia de nomeação de todos os aprovados, para por fim à terceirização na PBH.
Por meio de nota, a PBH informou que está "incapacitada de realizar a recomposição salarial neste instante" por falta de receita disponível. O comunicado afirma que a a redução dos recursos se deve à crise financeira nacional. Segundo a prefeitura, foi registrado um decréscimo nominal na receita total de 0,1% com relação ao primeiro quadrimestre do ano passado. Se somada à inflação no período, essa queda chega a aproximadamente 8,3%.
A prefeitura ressaltou que voltará a discutir o reajuste salarial quando as reivindicações não significarem forte impacto financeiro. Por fim, a nota reforça que " a PBH, a exemplo dos seus cidadãos, somente poderá gastar mais se arrecadar mais, a fim de que possa cumprir de modo efetivo e sem atrasos as responsabilidades que tem com seus servidores e com esta capital".