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Patriota 'está à disposição' de Bolsonaro, diz presidente do partido

Adilson Barroso afirmou que está disposto a esquecer do passado e retornar o relacionamento com o presidente

Política|

Barroso: 'O Patriota está à disposição do presidente'
Barroso: 'O Patriota está à disposição do presidente' Barroso: 'O Patriota está à disposição do presidente'

Ainda sem destino certo, o presidente Jair Bolsonaro já tem um teto para dormir caso o casamento com o PSL, de Luciano Bivar, tenha de fato chegado ao fim. O presidente do Patriota, Adilson Barroso, afirmou que está disposto a esquecer do passado e retornar o relacionamento com o presidente. "O Patriota está à disposição do presidente [Jair Bolsonaro]", afirmou.

Depois de pedir a um apoiador para esquecer o PSL e dar sinais de que pretende mudar de partido, o presidente Jair Bolsonaro tenta encontrar uma saída para deixar a legenda sem que parlamentares de seu grupo percam mandato por infidelidade partidária. Um dos destinos cogitados seria o Patriota controlado por Barroso.

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Em 2017, ainda pré-candidato à Presidência, Bolsonaro desistiu de se filiar ao PEN (Partido Ecológico Nacional), que viraria Patriota, após não chegar a um acerto para o comando da legenda durante as eleições. O presidente queria que o seu ex-braço-direito Gustavo Bebbiano assumisse o comando durante a disputa, o que não foi aceito por Barroso.

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Bolsonaro queria ainda que o Patriota abrisse mão da ação movida pelo partido no Supremo Tribunal Federal contra o entendimento da corte de permitir prisões de pessoas condenadas em segunda instância.

A legenda entrou com a ação em setembro de 2016 contra a decisão, em uma ação declaratória de inconstitucionalidade. O partido foi assistido pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, conhecido por representar políticos em ações criminais.

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Advogados estudam estratégia para desfiliação de Bolsonaro do PSL

"Com o fim da Lava Jato, essa verdade terá um pai. E esse pai se chamará PEN", disse a época Bolsonaro. "Ou o partido descobre uma maneira de desistir da ação... A gente não pode entrar numa possível campanha presidencial sendo atacado como o partido que enterrou a Lava Jato", afirmou no final de 2017 o presidente.

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Neste ano, uma ação do filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), paralisou investigações ligadas a Lava Jato e a outras ações iniciadas a partir de dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), entre elas processos relacionadas à lavagem de dinheiro por organizações criminosas como o PCC (Primeiro Comando da Capital).

O presidente do Patriota afirmou que não falou com o presidente nos últimos dias, mas declarou que está disposto a sentar com Bolsonaro e aliados para discutir o comando do partido caso eles deixem o PSL.

"Tudo é possível (sobre a possibilidade de abrir mão do partido). O importante é articular uma maneira de ajudar nossa nação", afirmou completando: "Bolsonaro sabe muito bem que tem um partido retaguarda", afirmou Barroso.

Crise

Na quarta-feira (9), reuniões de emergência entre "bolsonaristas" de um lado e "bivaristas" de outro tentavam encontrar caminhos para o impasse. Reunida na Câmara, a bancada do PSL divulgou uma carta em desagravo a Bolsonaro, pregando um canal de diálogo.

Leia mais: Bolsonaro falará sobre saída do PSL 'quando achar conveniente'

Assinado por 19 dos 53 deputados da sigla, o documento visto como um ultimato diz que "para que o partido contribua para o estabelecimento de uma nova política é preciso que a atual direção adote novas práticas, com a instauração de mecanismos que garantam absoluta transparência na utilização de recursos públicos e democracia nas decisões".

Além do controle do PSL, a disputa entre Bolsonaro e seus aliados e o grupo do Bivar também envolve dinheiro. O partido foi o mais votado nas eleições de 2018, e por isso terá, na próxima campanha, a maior fatia dos fundos públicos usados para financiar candidaturas — estimada em R$ 1 bilhão até 2022.

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