Realizado a cada três anos, o Congresso Brasileiro de Magistrados chega a sua 23ª edição que será realizada em Maceió (AL) entre os dias 24 e 26 de maio, e abordará o tema “A politização do judiciário ou a judicialização da política?”
O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Jayme de Oliveira Neto, explica que esse foi o tema escolhido pela comissão científica pois tem gerado conflitos e desarmonias entre as instituições.
“A ideia de colocar em discussão esse assunto é justamente encontrar caminhos que traga a necessária harmonia e avanço das instituições. Cada poder tem que fazer o seu trabalho, e qualquer embate precisa ocorrer em um ambiente democrático e de uma maneira que o país avance e não retroceda.”
Com cerca de 15 mil associados, a AMB é a maior associação de magistrados do mundo e conta com a filiação de juízes federais, estaduais e trabalhistas.
Este ano, a sede do Congresso será a cidade de Maceió e espera reunir cerca de 1500 pessoas. Em coletiva de imprensa realizada na tarde de hoje (23), o presidente da Associação Alagoana de Magistrados, juiz Ney Alcântara, ressaltou algumas questões importantes que serão discutidas durante o encontro, principalmente a alta demanda do judiciário.
-Um grande fator que a magistratura nacional vem enfrentando é agilizar as suas demandas, mas tem que lembrar que a rapidez pode trazer consequências drásticas e decisões sem fundamento e maturidade. Então nós precisamos estruturar todo o poder judiciário, toda a questão da informática e aí nós vamos ter o país que queremos
Entre os painéis propostos pela Comissão científica destacam-se a “Segurança Institucional e Pública”, com a participação da procuradora-geral da república, Raquel Dodge, e “A Mídia e o Judiciário” com a palestra dos presidentes da RecordTV, Luiz Cláudio Costa, e da Rede TV!, Amilcare Dallevo Jr. “Ficamos felizes com a participação dos presidentes de emissoras no painel, é uma oportunidade de ouvir também a visão que eles têm do judiciário. A imprensa e o judiciário têm tempos diferentes, então precisamos achar um ponto de equilíbrio para que a sociedade receba a notícia da maneira mais precisa e consiga compreender o que o juiz está fazendo”, explica Jayme de Oliveira Neto.