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Bolsonaro abre novo conflito com governadores

Em nota nesta segunda (17), chefes do executivo estadual reagiram após Bolsonaro listar, na web, transferências bilionárias a Estados

Christina Lemos|Do R7

Depois que o presidente Bolsonaro disparou uma série de tweets no fim de semana detalhando o repasse diretos e indiretos de recursos e auxílios aos Estados, os governadores reagiram. Nos tuítes, Bolsonaro fala em suspensão e renegociação de dívidas e auxílio para vários Estados, como Acre, Alagoas, Mato Grosso, Maranhão, Goiás e outros.

A resposta veio na forma de uma nota pública, assinada em conjunto por 17 governadores, entre eles potenciais aliados do presidente Bolsonaro, como Ronaldo Caiado (Goiás) e Ratinho Júnior (Paraná).

O texto manifesta preocupação e critica o fato de o governo federal utilizar os meios de comunicação oficiais, pagos com o dinheiro do contribuinte, para propagar, segundo eles, "informação distorcida, gerar interpretações equivocadas e atacar governos locais".

A Carta dos 17 governadores lembra ainda que, "em meio a uma pandemia de proporção talvez inédita na história, agravada por uma contundente crise econômica e social, o Governo Federal parece priorizar a criação de confrontos, a construção de imagens maniqueístas e o enfraquecimento da cooperação federativa essencial aos interesses da população".

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Ronaldo Caiado, governador de Goiás, é um dos que assinam a nota pública
Ronaldo Caiado, governador de Goiás, é um dos que assinam a nota pública Ronaldo Caiado, governador de Goiás, é um dos que assinam a nota pública

O mesmo documento questiona o repasse dos recursos arrecadados aos aos Estados e Municípios, lembrando que o total dos impostos federais pagos pelos cidadãos e pelas empresas de todos Estados, em 2020, somou R$ 1,479 trilhão. "Se os valores totais, conforme postado hoje, somam, R$ 837,4 bilhões, pergunta-se: onde foram parar os outros R$ 642 bilhões que cidadãos de cada cidade e cada Estado brasileiro pagaram à União em 2020?"

Com essa pergunta, a nota dos governadores reitera a necessidade de entendimento entre os poderes, advertindo que a "a linha da má informação e da promoção do conflito entre os governantes em nada combaterá a pandemia, e muito menos permitirá um caminho de progresso para o País". E encerra:

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- A contenção de aglomerações – preservando ao máximo a atividade econômica, o respeito à ciência e a agilidade na vacinação – constituem o cardápio que deveria estar sendo praticado de forma coordenada pela União na medida em que promove a proteção à vida, o primeiro direito universal de cada ser humano. É nessa direção que nossos esforços e energia devem estar dedicados. 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, anunciou que receberá os governadores para tratar sobre a crise sanitária nesta terça-feira (02), às 13h30, em almoço na sua residência oficial.

Horas após a divulgação da Carta dos governadores, Fabio Faria, ministro das Comunicações, respondeu num tuíte: "Os valores estão claramente discriminados nas publicações e são referentes a todos os repasses para os estados: diretos (da União para os entes) e indiretos, como benefícios ao cidadão (Auxílio, Bolsa etc.) e suspensão de dívida. Não há o que contestar, não se briga com números".

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