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Ibaneis e Torres bateram boca ao telefone e estão rompidos 

Equipes de advogados dos dois lados preveem batalha, com troca de acusações entre governador e ex-secretário

Christina Lemos|Do R7

Ibaneis Rocha (MDB), governador afastado do Distrito Federal: ira fulminante contra ex-afilhado político
Ibaneis Rocha (MDB), governador afastado do Distrito Federal: ira fulminante contra ex-afilhado político Ibaneis Rocha (MDB), governador afastado do Distrito Federal: ira fulminante contra ex-afilhado político

A ruptura entre o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, e o agora ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, deve endurecer a batalha a ser travada por ambos perante a Justiça, para comprovar de quem é a culpa pela invasão e depredação das sedes dos Três Poderes no domingo. O blog apurou que terminou em bate-boca a ligação entre o governador e o ex-ministro de Bolsonaro e que padrinho e afilhado estão rompidos desde então.

Ibaneis, que obteve ampla vitória nas urnas em outubro e iniciava o segundo mandato à frente do GDF, o qual assumiu com um discurso em que declarou seu “amor por Brasília”, terminou afastado após apenas uma semana na cadeira. Depois de repetidas tentativas de alcançar Torres por telefone, indignado, o emedebista fez desabar sua ira sobre o auxiliar, recém-chegado a Orlando, a 6.000 quilômetros de distância da Esplanada, cenário do ataque transmitido ao vivo pelas redes de televisão para o Brasil e para o mundo.

Atordoado, o ex-secretário se defendeu como pôde, inclusive argumentou que estaria de férias a partir da segunda-feira, dia seguinte à depredação promovida na praça dos Três Poderes, e que o bilhete comprado ainda em novembro tinha sido mais barato. As explicações eram pífias diante do estrago de proporções gigantescas e que culminaria com o afastamento do próprio governador e com o pedido de prisão de Torres. O ex-secretário ainda não tem data para retornar ao Brasil, e pode ser detido ainda em Guarulhos.

Advogado de carreira, Ibaneis identificou de imediato que não havia alternativa a não ser atender à ordem de afastamento determinada por um ministro da Suprema Corte, Alexandre de Moraes — a desobediência significaria a prisão. Está, no entanto, disposto a lutar pela recuperação de seu mandato, embora aliados próximos antevejam uma longa batalha judicial e falta de apoio político para recuperar o cargo. A aposta é que a vice-governadora, Celina Leão, (PP), escolhida para a chapa de Ibaneis por conveniências ditadas pela aliança e pelo marketing de campanha, ficará na cadeira por tempo indeterminado.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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