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Sem Meirelles, nem Guardia, pauta econômica empaca no Congresso 

Ausência de articulação política mantém base governista desmobilizada. Mercado reage com pessimismo.

Christina Lemos|Do R7 e Christina Lemos

Faz cerca de quinze dias que, antes de deixar a cadeira de ministro da Fazenda, Henrique Meirelles apresentou uma pauta prioritária com mais de dez itens ao Congresso. A reação inicial foi de irritação, tanto do senador Eunício Oliveira, presidente do Senado, quanto de Rodrigo Maia, da Câmara. O ex-ministro tentou contornar o mal estar. O novo ministro, nem isso.

Desde então, pouco ou nada avançou. A base governista segue desmobilizada. Eduardo Guardia, em viagem a Washington desde a última quarta, não tem o trânsito político do antecessor. Ao retornar ao Brasil, nesta terça-feira, encontrará um cenário mais difícil do que deixou.

Nem mesmo o Cadastro Positivo - a medida mais próxima do consenso - os governistas conseguiram aprovar. Nova tentativa será feita esta semana. Mas, em seguida, oito medidas provisórias trancarão a pauta da Câmara. Também foi para o fim da fila a proposta mais importante para os cofres do governo este ano: a privatização da Eletrobrás, com a qual se espera arrecadar mais de R$ 12 bilhões.

O relator do assunto na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (DEM/BA), acredita que depois do feriado do Dia do Trabalho o debate na comissão vai engrenar. Mas não há apoio político à proposta nem na base governista.

Focus - A paradeira já afeta a percepção do mercado. Relatório Focus, divulgado hoje pelo Banco Central, mostra mais pessimismo diante da lentidão da recuperação da economia brasileira. Pela quarta vez seguida, a maioria das 120 instituições financeiras consultadas pelo BC aponta para um crescimento menor. Há quatro semanas, a expectativa era de este ano o PIB seria de 2,89%. Agora é de 2,75%. O mercado também espera leve alta da inflação, (IPCA) de 3,48% para 3,49% - valor ainda bem abaixo do centro da meta, que é de 4,5%.

Os textos aqui publicados não refletem necessariamente a opinião do Grupo Record.

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