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Wajngarten é novo “homem-bomba”, mas recebido com desconfiança

A entrevista do Fábio Wajngarten, demitido do governo em meados de março, causa irritação e perplexidade no Planalto. Assessores de Pazuello respondem: “ele quer ser chamado pela CPI, só pode!”

Christina Lemos|Do R7

Fábio Wajngarten: declarações causaram irritação no Planalto e desconfiança no meio político
Fábio Wajngarten: declarações causaram irritação no Planalto e desconfiança no meio político Fábio Wajngarten: declarações causaram irritação no Planalto e desconfiança no meio político

A entrevista do ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, que deixou o governo após passar por vários cargos e angariar conflitos, causou irritação a auxiliares próximos ao ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello e espalhou desconfiança no ambiente político. “Ele está querendo ser chamado para depor na CPI, só pode!”, reagiu Markinhos Marques, ainda consultado por Pazuello para questões de estratégia de comunicação. Nos bastidores, o ex-secretário é chamado com ironia de novo “homem-bomba”.

Especialista em marketing político, Markinhos atuou ao lado de Pazuello nos últimos três meses do general à frente da Saúde - momento mais crítico de sua gestão. “Não havia necessidade de tacar fogo em Pazuello”, reclama o assessor, em referência ao fato de Wajngarten acusar o ex-ministro pela demora em contratar vacinas contra do coronavírus e isentar o presidente. “Ele nunca chegou ao Ministério com um pedaço de papel na mão!”, declara, ao contestar a informação de que o próprio Wajngarten assumiu a negociação com a fabricante de vacinas Pfizer, no lugar do então ministro.

A entrevista espalhou constrangimento e irritação no Planalto. Em reação à publicação, o governo se apressou em demonstrar que o ex-ministro da Saúde segue prestigiado e até ocupará um posto próximo ao presidente, passando a integrar o seleto grupo de ministros palacianos. Pazuello passará a Secretário-Geral do Exército, deixando a função que ocupava na 12 Região Militar, em Manaus, e despachará direto do Planalto, enquanto prepara sua defesa na CPI da Pandemia, no Senado. Seu depoimento deve ser um dos primeiros na comissão de inquérito. 

No meio político, as declarações do ex-secretário também causaram desconfiança. O ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia, adversário e desafeto do presidente Bolsonaro, avaliou que se trata de uma versão “combinada” dos fatos. “Entrega a cabeça de Pazuello e protege o presidente”, postou Maia

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