O inverno ainda nem começou e eu já estou emburrado. Só pela prévia dos últimos dias já deu pra sentir como vai ser a estação mais fria do ano. Nas minhas redes sociais, já alertei meus seguidores de que eles terão de aguentar minhas reclamações frequentes.
Eu, particularmente, nunca gostei de frio. Trabalhando de madrugada, dificilmente vou gostar. Tudo fica muito mais complicado com os termômetros lá embaixo, a começar pelo horário que o meu celular desperta: 2h30 da manhã. Acordar é, praticamente, impossível. Dá preguiça, até, de abrir os olhos.
Tomar banho e trocar de roupa, então, parecem tortura. Que atire a primeira pedra quem nunca burlou o chuveiro de manhãzinha e já foi direto se arrumar. Pode atirar duas pedras quem nunca entrou no banheiro contrariado, mas depois de ligar a água quente quis ficar ali o resto da vida.
Na rua, haja coragem e café. Ontem, em Carapicuíba, na região metropolitana de São Paulo, encaramos um frio de 7°C com uma sensação térmica bem abaixo disso. Aqueles minutinhos antes de entrar ao vivo pareciam intermináveis. A mão, que segura o microfone, não estava nem reagindo aos movimentos.
Por sorte, encontramos uma barraquinha de café, com bolo e torta de frango, que salvou a nossa vida. Foi bom pra gente e melhor, ainda, pra Bel, a dona do comércio, que ficou famosa. O movimento na tenda estava tão grande, que mostramos o trabalho dela no Balanço Geral.
Eu sei que pareço dramático ao reclamar do frio, mas minha intenção é, realmente, essa. Pra mim, frio serve, apenas, pra gente dormir. Pra poder se enrolar no edredom e torcer pra noite – que, no meu caso, já é mais curta – não passar tão depressa.
Tem gente que diz que no frio a gente se veste melhor e fica mais elegante. Não sei onde. Aquele monte de blusa amontoada com um cachecol enrolado no pescoço não pode ser chique. Se é, que me perdoe quem gosta. Mas eu prefiro minha camisa, meu blazer e minha calça jeans. Ou então, melhor: chegar em casa depois de um dia intenso de trabalho, vestir uma bermuda e colocar meu chinelo.
A verdade é que os dias frios empacam muita coisa, seja no trabalho ou em casa. Por exemplo: se por um lado o frio abre o apetite, por outro, comer demais engorda. E no frio, quem é que tem coragem de ir pra academia? Quase ninguém.
A vida no frio se resume a uma preguiça que a gente não pode curtir o tempo todo. Então, se não dá pra ficar em casa, na cama, no sofá, coberto, comendo o dia todo e vendo filmes, insisto na pergunta que fiz no título acima: frio pra quê? Socorro.
Abaixo, um link divertido sobre o frio para o Balanço Geral Manhã, apresentado por Eleandro Passaia