Programado para decolar de Barcelona às 11h deste domingo (9), o voo LA8115 da Latam para São Paulo saiu com pouco mais de uma hora de atraso e acabou pousando em Fortaleza na tarde deste domingo, em vez de Guarulhos.
Um dos três pilotos destacados para cumprir a rota testou positivo para a Covid-19 ainda na Catalunha e não pôde embarcar.
Voos internacionais longos demandam sempre um ou dois tripulantes extras para que a primeira equipe não utrapasse a jornada máxima permitida. A regra existe justamente para garantir que o cansaço extremo não comprometa o desempenho no cockpit e com isso levar segurança aos passageiros.
Sem o terceiro tripulante a bordo, o LA8115 teve que fazer o pouso em Fortaleza, uma vez que, se continuasse até São Paulo, a norma de segurança não seria cumprida, causando punição severa aos tripulantes e até mesmo à companhia. Com isso, o voo de Barcelona foi operado por uma dupla de tripulantes, o mínimo permitido e certificado pela regulamentação aeronáutica.
Passageiros com conexões foram acomodados em outros voos.
Em comunicado nas redes sociais, a Latam informou no último fim de semana que, "devido ao recente aumento de casos de Covid-19 e de influenza na população, alguns voos domésticos e internacionais precisaram ser cancelados".
Aos passageiros, a companhia orienta que façam o login no site da Latam e acessem "minhas viagens" e "administrar suas viagens" para a remarcação do trecho sem multa nem diferença tarifária. Outra opção é solicitar o reembolso da passagem sem multa.
A onda de cancelamentos continua.
O 3173 que sairia de Brasília na manhã desta segunda-feira para o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foi cancelado. Alguns de seus passageiros foram reacomodados no LA3180, três horas mais tarde.
O alto grau de contaminação pela Covid-19 atinge também tripulações em todo o mundo. No período do Natal, mais de 6.000 voos ao redor do planeta foram cancelados devido ao contágio pela variante Ômicron.
No Brasil, a Azul Linhas Aéreas prevê o cancelamento de centenas de voos até o fim do mês de janeiro. A companhia registrou um aumento de 405% no número de dispensas médicas durante os primeiros sete dias de 2022, de acordo com o SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas).