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Moraes Moreira deu ritmo à seleção brasileira de 82 

A música dele embalava cada partida do Brasil naquela Copa, ressoando no rádio a alegria transmitida pelos jogadores em campo

Nosso Mundo|Eugenio Goussinsky, do R7

Time jogava por música, a principal, de Moraes Moreira
Time jogava por música, a principal, de Moraes Moreira Time jogava por música, a principal, de Moraes Moreira

Por estes dias, tem-se falado muito na Copa de 1982. Parece que uma sensação de revival, uma necessidade de se retomar quem nós um dia já fomos, se tornou imperativa neste momento de quarentena.

Leia mais: "Vou ali dar um susto no Moraes Moreira e já volto!"

A música de Moraes Moreira embalava cada partida da seleção naquela Copa, ressoando no rádio a alegria transmitida pelos jogadores em campo.

Era uma ode à autoconfiança do brasileiro bom de bola, exaltando Zico, Garrincha, Sócrates, após a frase inicial e inquestionável: "O Rei aqui é Pelé, na terra do futebol."

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Aquela fantástica seleção brasileira que encantou no Mundial ia muito além do futebol. Daí o seu sucesso e a tristeza recheada de orgulho causada pela derrota para a Itália.

Aquele time era um conceito, uma filosofia de vida, colorida de amarelo dourado e azul, símbolos de uma "Pátria de Uniforme", parafraseando Nelson Rodrigues e sua "Pátria de Chuteiras". Muitos dizem que nunca a seleção teve um uniforme tão bonito.

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Era um uniforme de diversidade, às vésperas do fim da ditadura, tão surpreendente quanto a movimentação de Sócrates, Zico, Falcão, Cerezo e cia. em campo.

E, além do "Voa Canarinho, Voa", cantada sob o batuque de Júnior, o maior maestro daquele mundial estava fora do campo.

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Na sua brasilidade, conhecida desde os tempos dos Novos Baianos, Moreira intuiu aquele momento e seu frevo vibrante fazia o Brasil renascer a cada partida.

E vieram a União Soviética, a Escócia, a Nova Zelândia, a Argentina, até pararmos na Itália, naquele dia de lágrimas, principalmente para os adolescentes idealistas que entoavam Moraes Moreira enquanto suas retinas brilhavam a cada gol.

E bem neste momento de recordação nacional, ele nos deixou.

Talvez essa ida tenha algum significado, em meio a uma pandemia de incertezas, em que o Brasil tenta reencontrar um pouco de sua identidade.

Moraes Moreira se foi em meio ao caos. Surpreendendo, como fazem os grandes artistas. Para enfatizar, realçar, relembrar definitivamente a verdade daqueles dias, jogando-a para a eternidade. Ao som de Sangue, Suingue e Cintura.

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