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Eleição na Alesp: oposição articula criação de chapa única contra PSDB

Major Mecca (PSL) e Coronel Telhada (PP) já conversam sobre agrupar postulação contra candidato do governo Carlão Pignatari

R7 Planalto|Plínio Aguiar, do R7

À esq., Major Mecca e à dir., Coronel Telhada
À esq., Major Mecca e à dir., Coronel Telhada À esq., Major Mecca e à dir., Coronel Telhada

Diante do favoritismo do deputado estadual Carlão Pignatari (PSDB) na disputa pela presidência da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), parlamentares da oposição buscam soluções para frear a possível vitória do candidato governista na eleição do dia 15 de março.

Para ganhar, é necessário obter maioria simples dos votos. Considerado favorito na disputa, Pignatari tem evitado falar sobre sua candidatura. Mas, na Alesp, já é chamado de presidente por seus pares. Desde 2017, a presidência da Casa é comandada pelo aliado do governador João Doria (PSDB) Cauê Macris. 

Pela oposição, o deputado estadual Major Mecca (PSL-SP) tem articulado sua candidatura. Até o momento, conta com o apoio de 15 parlamentares, entre eles parte do PSL e integrantes do PTB.

Mecca afirmou à reportagem que conversa com outros deputados, desde o segundo semestre do ano passado, a respeito da necessidade de independência do Poder Legislativo em São Paulo e, por isso, se lançou candidato. “A insatisfação da grande maioria é das necessidades em relação a essa falta de independência, a atuação do governador em projetos sem respeitar o debate, a discussão com sociedade e categorias envolvidas”, disse.

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Ainda no campo da oposição, está Coronel Telhada (PP-SP). Na tentativa de frear que o comando da Casa seja governista, parlamentares tentam unificar a candidatura de Mecca e Telhada.

O próprio Mecca tem conversado com Telhada sobre a formação de uma chapa única. “Nós conversamos sim, mais de duas vezes, sobre a união de esforços para que tenhamos melhores condições na disputa de 15 de março. Eu espero que ele me apoie. Nós trabalhamos muito tempo juntos na Polícia Militar, na Rota, e a nossa união é muito importante”, afirmou.

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Uma das parlamentares que também tem trabalhado para a unificação das candidaturas é a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP), que subiu na tribuna da Casa no início do mês para rejeitar a postulação do tucano Pignatari.

“Eu já estou decidida a não votar no candidato do governo para presidência da Casa. Essa Casa precisa de um pouco mais de independência, um pouco mais de autonomia. E, pelo perfil do colega, que já é chamado de presidente, eu acredito que a falta de independência tende a ser maior”, disse.

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“O meu medo é que tenhamos vários candidatos independentes, vários candidatos de oposição, e não tenhamos chance de vitória. Eu acredito verdadeiramente que todos esses candidatos, que são legítimos, devem se reunir e decidir o mais rapidamente possível para que tenhamos uma chapa completa e que possamos bater de porta em porta, tentando convencer nossos colegas, de que é hora de ter maior independência”, acrescentou.

Ainda na oposição, o PSOL discute também a possibilidade de lançar postulante próprio. A ideia é articulada na legenda com o objetivo de mostrar posição em relação a disputa.

Isso porque o PT, que tem a maior bancada na Casa, conversa sobre apoiar Pignatari, o que gerou críticas de psolistas. Deputados petistas afirmam que não fecharam apoio, mas que a sigla está aberta para diálogo, assim como defenderá que tem direito a comandar a 1ª Secretaria por causa da relação de proporcionalidade.

Na imagem, deputado Carlão Pignatari (PSDB)
Na imagem, deputado Carlão Pignatari (PSDB) Na imagem, deputado Carlão Pignatari (PSDB)

A reportagem apurou que os petistas indicaram Paulo Fiorilo para a CPI que investiga perda de receita na arrecadação tributária do Estado de São Paulo. Recentemente, Doria apresentou projeto de lei em que propôs a revogação do artigo da lei 17.293, que autorizou a revisão dos benefícios fiscais. O governador recuou em ajuste após pressão do setor de agronegócio, que chegou a fazer tratoraço.

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