Apesar da Receita ter antecipado os pagamentos das restituições de imposto de renda em 2020, o novo calendário não deve ser suficiente para que reduzir os envios de última hora.
A avaliação é do supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir. Para ele, a característica do brasileiro, de deixar tudo para a última hora, não deve mudar.
"A antecipação do primeiro lote de restituições em quinze dias pode animar quem tem imposto a restituir a enviar mais cedo, mas esse movimento já acontece todos os anos. Temos um pico de envio no início, para quem quer receber logo a restituição ou precisa de um empréstimo, por exemplo, e o pico do final do prazo", diz Adir.
Historicamente, um pouco mais de um terço das declarações são enviadas na última semana do prazo de dois meses. No ano passado, das 30,6 milhões de declarações recebidas pela Receita, 12,5 milhões foram entregues na última semana.