Um ajudante de pedreiro está desaparecido há 40 dias, desde que saiu de casa para visitar a namorada em Paciência, na zona oeste do Rio. Fernando Tadeu Pereira da Silva, de 32 anos, mora com os pais em Guaratiba, também na zona oeste, mas costumava passar os finais de semana na residência da companheira. Depois do dia 19 de abril, nem na casa da mulher, nem no trabalho, o rapaz foi visto.
Fernando é ajudante de pedreiro há três anos na zona sul da cidade e não tem inimigos, segundo a família. Mas, como conta a mãe do rapaz, ele teria começado a beber em excesso.
─ Ele estava chegando tarde em casa, todos os dias por volta de meia-noite, com cheiro de cachaça. Teve um dia em que ele chegou, passou para o quarto e eu, na sala, desconfiei. Depois, passei perto dele e senti o cheiro da bebida.
A mãe do homem, Sebastiana Conceição dos Santos, está desesperada com a falta de notícias do paradeiro do filho.
─ Eu não sei se ele está passando fome, se ele está na rua, o que está acontecendo. Eu espero ele chegar toda hora, espero ele me chamar, às vezes penso que ele está deitado no quarto."
Já o pai de Fernando Tadeu diz que a aflição pelo sumiço do filho provocou problemas de saúde nele.
─ Eu estou preocupado, perturbado e tive até que ir ao médico porque estava dores de cabeça.
A família registrou o desaparecimento e percorreu bairros da cidade em busca de notíciasde Fernando. Cartazes foram espalhados por Guaratiba, mas até agora apenas informações desencontradas foram repassadas aos familiares.
─ Nos ligaram dizendo que ele tinha sido levado para um abrigo em Paciência, que a prefeitura tinha pego moradores de rua e ele estava no meio. Então nós fomos lá três vezes, mas o Fernando não estava.
O casal de idosos que adotou Fernando Tadeu quando ele tinha três anos não sabe o que fazer. A mãe faz um apelo, emocionada.
─ Volte para casa, Fernando, volte. Eu e seu pai estamos aflitos sentindo sua falta. Nós te amamos.
A polícia ainda não passou notícias sobre o caso. Se você tiver informações do paradeiro de Fernando Tadeu, ligue para o disque-denúncia: 2253-1177.
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