Depois de cinco meses em greve e de uma longa negociação com a Secretaria de Educação, os professores do Estado decidiram propor ao governo que as aulas comecem em setembro e o calendário letivo acabe se estendo até março de 2017. A Secretaria queria que as aulas tivessem começado na primeira semana de agosto, logo depois do Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação) encerrar a paralisação, mas os professores afirmavam que não seria possível devido “às Olímpiadas, falta de merenda e funcionários”.
De acordo com a coordenadora do Sepe, Marta Moraes, o secretário de Educação, Wagner Victer, abriu mão de encerrar o período letivo em 2016 em encontro com Sindicato nesta quarta-feira (10) e aceitou o calendário que propõe o início das aulas para setembro.
— A Secretaria queria que a reposição começasse em agosto. Na prática, os alunos não estão indo. Alguns pais já tinham se mobilizado e afirmavam que eles tinham dificuldade de ir. A nossa preocupação é que, dessa forma, reposição não iria funcionar. Com a reposição agora em agosto, os alunos não iriam e a Secretaria queria encerrar ainda em 2016.
Na proposta do Sepe, as aulas devem começar em setembro, inclusive com reposição aos sábados, param no fim de dezembro para um recesso e voltam em fevereiro. O ano letivo de 2017 começaria em março.
A coordenadora do Sindicato também afirmou que no encontro com o secretário foi discutido como será implantada a eleição direta para o cargo de diretores. Segundo ela, foi uma das principais conquistas do movimento grevista e dos estudantes que ocuparam as escolas.
* Colaborou Victor Sena, do R7 Rio