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Após morte de técnica de enfermagem, Cremerj investigará se houve negligência em hospital

Elizângela Medeiros recebeu alta no sábado (31) e morreu na segunda-feira (2) em uma UPA

Rio de Janeiro|Do R7, com Rede Record

Se a negligência for comprovada, os médicos podem receber advertência e até ter o exercício da profissão cassado
Se a negligência for comprovada, os médicos podem receber advertência e até ter o exercício da profissão cassado Se a negligência for comprovada, os médicos podem receber advertência e até ter o exercício da profissão cassado

O Cremerj (Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro) abriu uma sindicância nesta quarta-feira (4) para apurar se houve negligência médica no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, quando a técnica de enfermagem Elizângela Medeiros procurou a unidade de saúde na última sexta-feira (30). A mulher de 35 anos morreu nesta segunda-feira (2) depois de procurar socorro no hospital onde trabalhava em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

A família acusa a equipe médica de negligência. Elizângela recebeu alta ainda passando mal. No atestado de óbito, a morte está descrita como “indeterminada”. Ela deixa dois filhos, de 14 e oito anos.

A mãe da técnica em enfermagem, Luiza Medeiros de Oliveira, diz que houve descaso.

— Ela era muito boa mãe. Ela me dizia: 'Mãe, você só tem eu de filha e eu tenho que fazer de tudo por você'. Não foi morte indeterminada. Eles não fizeram nada pela minha filha. Foi o descaso.

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Para marido de Elizângela, Eder Gil Moreira, levá-la ao hospital onde ela trabalhava seria garantia de bom tratamento.

— Eu levei para [o hospital] onde ela trabalha para ser bem tratada. Agora, imagina uma pessoa comum, que não trabalha na área de medicina, vai para onde? Vai para morrer.

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Elizângela tinha problemas cardíacos e passou mal na última sexta (30). Segundo os colegas de hospital de Elizângela, mesmo contra a vontade do médico responsável por atendê-la, os funcionários a mantiveram sob observação até o sábado (31), quando ainda assim recebeu alta. Na segunda-feira (2), Elizêngela procurou uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), mas morreu na fila de espera.

A direção do hospital apura o que teria acontecido e, se for comprovada a culpa, os médicos serão punidos. No processo de sindicância aberto pelo Cremerj (Conselho Regional de Medicina), os dois médicos que atenderam a técnica de enfermagem serão ouvidos e os documentos do atendimento, como prontuário, analisados. A instituição também ouvirá enfermeiros, que servem como testemunhas.

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Se a negligência for comprovada, a pena aplicada aos médicos pode ser de uma advertência até a cassação do exercício da profissão.

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