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Após reunião com Pezão, policiais civis decidem permanecer em greve

Governador diz que soluções serão apresentadas após votação de pacote de recuperação

Rio de Janeiro|Do R7*

Polícia Civil permanece com 30% de seu efetivo trabalhando, estado de greve foi mantido
Polícia Civil permanece com 30% de seu efetivo trabalhando, estado de greve foi mantido Polícia Civil permanece com 30% de seu efetivo trabalhando, estado de greve foi mantido

Na tarde desta segunda-feira (27), o governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão (PMDB) e lideranças sindicais da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro se reuniram para discutir o pagamento do 13° salário de 2016, do plano de metas e do RAS (Regime Adicional de Serviço) da corporação. Além disso, os agentes também reivindicam melhores condições de trabalho. A Comissão de Segurança da Alerj, presidida pela deputada Martha Rocha (PDT), também esteve no encontro.

O presidente da Colpol (Coligação dos Policiais Civis do Rio de Janeiro), Fabio Neira, informou ao R7 que a categoria estaria sem receber o plano de metas, que seria uma gratificação recebida pelos policiais a cada diminuição da criminalidade conquistada, desde 2015. Ele explica que em julho de 2016 o governo federal teria enviado para o Rio de Janeiro R$2,9 bilhões para sanar as dívidas da segurança, haja vista que a realização dos Jogos Olímpicos e que os policiais estavam com indicativo de greve. No entanto, Neira alega que não houve transparência do governo do Estado quanto à aplicação deste dinheiro, que teria regularizado apenas os salários atrasados e as horas extras.

— A falta de manutenção e as más condições de trabalho continuaram as mesmas, até hoje temos viaturas com problemas e que não tiveram revisão mecânica. Até o nosso sistema interno de registro está comprometido — explica Neira, ressaltando que a Polícia Civil está sem funcionários que exerçam a manutenção do sistema, pois o Estado não haveria pagado a empresa terceirizada.

A Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda) informou por meio de nota que todo o recurso de R$ 2,9 bilhões foi utilizado para o pagamento de pessoal da Segurança. Segundo a secretaria, com a verba federal foi possível efetuar os pagamentos das folhas salariais de junho, julho, agosto e setembro. Ela destacou ainda que na folha salarial de setembro o Tesouro teve que aportar R$ 200 milhões para que fosse possível pagar toda a folha.

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Na última reunião, Pezão afirmou que a segurança pública é prioridade do governo e que o pagamento dos salários da categoria está em dia, ele também acrescentou que foi cumprido mais uma parcela do reajuste concedido em 2014. O governador disse ainda que a definição sobre a data de pagamento do 13° salário e das gratificações só poderá ocorrer com a aprovação do projeto de recuperação fiscal dos estados pelo Congresso Nacional.

— O Estado vivencia nesse momento uma grande dificuldade. Dependemos fortemente da aprovação do nosso acordo que assinamos com o presidente Michel Temer e com o ministro Henrique Meirelles. Rodrigo Maia ficou de submeter o projeto, nesta quarta-feira (29), ao plenário e depois segue imediatamente para o Senado — afirmou.

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Para Neira o canal de diálogo aberto pela Comissão de Segurança da Alerj foi importante, mas ele afirma que não saiu satisfeito com a reunião. De acordo com o presidente da Colpol, não houve nenhuma proposição que solucionasse os problemas apresentados pela categoria. Dessa forma, os agentes da Polícia Civil agendaram uma nova assembleia para o dia 24 de abril, onde será rediscutido o movimento grevista.

— Resolvemos por permanecer em greve, porque o governador disse que teria uma resposta de Brasília dentro de 15 a 20 dias. Dessa forma, após o acordo entre eles, nós teremos um outro encontro com ele, ao qual discutiremos os resultados posteriormente em nova assembleia — informou Neira.

*Colaborou Samuel Costa, do R7 Rio

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