O traficante Edvanderson Gonçalves Leite, o Deco, 51 anos, preso na manhã desta sexta-feira (2), é apontado pela polícia como responsável por expandir os territórios do tráfico na região de Jacarepaguá, zona oeste do Rio, devido à sua vasta experiência no crime. Deco era chefe do tráfico na Cidade de Deus e um dos criminosos mais procurados nas últimas semanas.
De acordo com o delegado Gustavo Castro, o traficante não se intimidava facilmente. Segundo ele, Deco tinha um perfil de “bandido de guerra”.
— Atualmente, ele estava fomentando uma guerra violenta na zona oeste, querendo expandir [seu domínio no tráfico] para além da Cidade de Deus. Ele tem essa política de enfrentamento, de expandir o território, o lucro. Ele é um bandido de guerra.
Mais magro do que nas fotos divulgadas pelo Portal dos Procurados, o traficante foi preso durante operação policial na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, zona norte, nesta sexta. A recompensa oferecida por informações que levassem a ele era de R$ 30 mil.
Os policiais do Bope colocaram um capuz sobre a cabeça do traficante e o levaram em carro aberto até o COE (Comando de Operações Especiais), baseado em um dos acessos da favela. A ação na Maré faz parte de ofensiva da Polícia Militar contra o Comando Vermelho.
Deco já havia sido preso pela Dcod (Delegacia de Combate às Drogas) em maio passado, em Campina Grande (PB) e solto em 21 de julho deste ano, ao ser liberado por habeas corpus. Em novembro, a Justiça determinou a recaptura do preso. Ele era considerado foragido do sistema penal.
Em 1989, aos 23 anos, Deco foi preso pela primeira vez. No total, foram seis passagens pelo sistema penitenciário e duas evasões. Em 2003, tornou-se o numero 1 do trafico na Cidade de Deus após a prisão do traficante Sam da CDD, que cumpre pena em um presídio federal.
No último dia 19 de novembro, quatro PMs morreram após um helicóptero da polícia cair na comunidade Cidade de Deus, chefiada por Deco, durante uma operação para capturar o traficante. Desde então, ele passou a se esconder na Maré, comunidade comandada pela facção criminosa a que pertence.
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