O empresário Jacob Barata, de 83 anos, está em uma lista divulgada pelo jornal francês “Le Monde” na qual 31 pessoas ligadas a empresas de ônibus municipais do Rio de Janeiro aparecem como donas de contas bancárias na Suíça. O chamado “swissleaks” aponta que Barata teria depositado mais de 50 milhões de reais entre 2006 e 2007.
Entre os 31 nomes divulgados estão sócios e diretores de empresas de ônibus, e também parentes de pessoas ligadas a essas empresas. A conta de Barata foi criada em 1990 e seria conjunta com mulher e filhos.
A partir de 2004, a conta não foi movimentada diretamente pela família Barata por causa da contratação de uma empresa responsável por fazer retiradas e transferências em nome da família. A sede desta empresa fica nas Ilhas Virgens Britânicas, região considerada um paraíso fiscal que tem impostos baixos ou inexistentes. Para o advogado Leonardo Vizeu, a conta no exterior não caracteriza crime.
— Torna-se ilícito apenas quando você não declara para a Receita Federal a origem do dinheiro que vai remeter, e não comunica ao Banco Central a quantidade de reais que você vai converter em moeda estrangeira para remeter ao exterior. Isto pode ser considerado crime de evasão de câmbio ou evasão de divisas.
Em nota, a família Barata nega a existência das contas mencionadas na reportagem e afirma que os valores divulgados pela imprensa são “verdadeiros absurdos”.
Jacob Barata é proprietário de diversas empresas na cidade do Rio, que empregam 20 mil funcionários. Ele é dono de uma frota de 4.200 ônibus e de 25% das empresas de ônibus que atuam na cidade.
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