A defesa de Anthony Garotinho entrou, nesta quinta-feira (14) com um pedido de habeas corpus para soltar o ex-governador, que cumpre prisão domiciliar em Campos dos Goytacazes, no norte do Estado, desde terça-feira (13), por compra de votos.
Para o advogado de Garotinho, Carlos Azeredo, "a prisão foi tão arbitrária que acredito que o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) vá rever isso o quanto antes". O ex-governador foi preso por dois agentes da Polícia Federal por volta das 10h30, enquanto apresentava seu programa diário em uma rádio, que fica localizada na zona norte do Rio.
Ele foi levado para casa, em Campos, por cumprimento da decisão da 100ª Vara Eleitoral. O advogado Carlos Azeredo disse, apresentando o documento, que a hora estipulada para o cumprimento do mandado era de 11h às 19h, e por um prazo de 60 dias.
— Eles podiam ter observado a hora do cumprimento do mandado e não havia necessidade alguma de interromper abruptamente o programa, que terminaria em 30 minutos. Esse show pirotécnico da Polícia Federal é um absurdo —, reclamou.
Azeredo entrou, ainda, com uma reclamação junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contra a proibição do TRE de Garotinho se manifestar nos blogs, nas redes sociais e no programa de rádio.
— A decisão do TRE tirou dele um direito assegurado constitucionalmente. E além disso, viola uma decisão do TSE que já havia se posicionado a respeito no ano passado —, reclamou o advogado.