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Em plebiscito, Niterói decide não armar sua Guarda Municipal

"Não" vence consulta pública com quase oito mil votos de diferença

Rio de Janeiro|

Pouco mais de 18 mil pessoas compareceram aos locais de votação
Pouco mais de 18 mil pessoas compareceram aos locais de votação Pouco mais de 18 mil pessoas compareceram aos locais de votação

Niterói, município vizinho ao Rio, decidiu, em plebiscito realizado neste domingo (29) que sua Guarda Municipal não deve usar arma de fogo.

Segundo a prefeitura, que convocou a consulta pública, foram 13.478 votos "não" contra 5.480 "sim" e 32 nulos e brancos, num total de 18.991 eleitores.

A cidade tem cerca de 500 mil habitantes. O comparecimento às urnas não foi obrigatório. A apuração terminou na madrugada desta segunda-feira (30).

Cidades brasileiras com população superior a 50 mil pessoas podem adotar a medida, defendida como uma forma de inibir roubos e furtos e reduzir índices de criminalidade de uma forma geral. Críticos argumentam que o efeito poderia ser o contrário - traria mais insegurança - e sustentam que a Guarda Municipal não pode ser tratada como polícia.

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Defensor do armamento da guarda, o prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PV), disse que respeitaria a decisão popular em detrimento de sua posição particular.

— Vamos, democraticamente, acolher e acatar.

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O prefeito acredita que os cidadãos se sentiriam mais seguros para circular pela cidade à noite caso os guardas usassem armas.

— Depois de uma determinada hora, as pessoas não estão saindo para a rua, para frequentar o espaço público. Isso é inaceitável. Esse quadro de anomia que a gente observava nas favelas, em territórios dominados pelo tráfico, está se transferindo para o asfalto, com as cidades sucumbindo diante da crise da segurança pública.

Pelo Estatuto Geral das Guardas Municipais, de 2014, as guardas têm como atribuições, entre outras, zelar por equipamentos públicos, inibir infrações contra estes, atuar no trânsito e "colaborar, de forma integrada com os órgãos de segurança pública, em ações conjuntas que contribuam com a paz social".

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