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Governo do Rio pretende instalar câmeras em favelas e bairros

Objetivo é tentar diminuir casos de violência na capital fluminense

Rio de Janeiro|Do R7, com Agência Brasil

Pezão afirmou que Maré deve ser uma das primeiras a receber o sistema de câmeras de segurança
Pezão afirmou que Maré deve ser uma das primeiras a receber o sistema de câmeras de segurança Pezão afirmou que Maré deve ser uma das primeiras a receber o sistema de câmeras de segurança

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, informou nesta quinta-feira (21) que pretende instalar sistemas de monitoramento de câmeras nas favelas pacificadas e em bairros do Rio para tentar diminuir casos de violência.

— Já temos experiência em Friburgo, Volta Redonda e Niterói com a integração das polícias Civil e Militar e a Guarda Municipal. Pedi levantamento de custos e, em algumas comunidades, poderemos fazer mais rápido.

Pezão participou, pela manhã, do Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). O futuro do Complexo da Maré após a saída das Forças Armadas e a chegada de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) foi o tema do evento.

A Maré deve ser uma das primeiras a ganhar o sistema de câmeras. Para o governador, a geografia plana da comunidade pode facilitar o processo de pacificação. No local, está prevista a instalação de um centro de comando e controle. Segundo ele, a favela está melhor do que antes da presença das Forças Armadas.

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— Era uma cidade de 140 mil habitantes, onde, até a Força de Pacificação entrar, havia quatro comandos – a milícia e três comandos [facções criminosas].

A moradora Cremilda Carvalho, presidente da Associação Conjunto Bento Ribeiro Dantas, discorda do governador.

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— Os tanques estão quebrando nossas calçadas, inocentes estão levando tiros. Agora está pior do que antes. Queremos projetos sociais para os adolescentes e jovens que estamos perdendo para o crime.

O presidente da Associação dos Moradores da Vila do João, Marco Antônio Barcelo Gomes, expressou o desejo da comunidade de que a nova unidade seja diferente das já existentes em outras comunidades.

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— Não queremos UPP só com armamento, pois estamos vendo que não está dando certo. Entregamos um documento ao governador há 20 dias, com as nossas reivindicações. Queremos educação, saneamento, atividades esportivas, cultura. Ele assinou e mandou para todo o secretariado dele e agora vamos aguardar para ver se ele fará o que prometeu.

O presidente da Alerj, Jorge Picciani, afirmou que as ações nas comunidades pacificadas têm sido “maravilhosas” mas feitas de forma “desintegrada e desorganizada”

— O papel do Parlamento é ajudar na coordenação dessas ações, junto com os parceiros, e também fiscalizar os órgãos do estado executores dessas políticas públicas.

Picciani também criticou os investimentos na área da cultura e do esporte oriundos de incentivos fiscais que, segundo ele, priorizam a zona sul da cidade, onde há maior desenvolvimento social e econômico.

— Solicitei que as comissões de cultura e de esporte da Alerj cobrem dos secretários quais foram os investimentos e onde foram feitos nestes quatro anos e o que está previsto para os próximos anos.

Foram convidados para o fórum representantes das 36 entidades, entre as quais a Força de Pacificação, os governos estadual e municipal e o Poder Judiciário.

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