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Grupo organiza boicote contra bar onde gerente ofereceu bananas a entregadores

Apesar de estabelecimento ter afastado gerente, grupo acredita que protesto é válido

Rio de Janeiro|Do R7

Até esta terça (24), mais 9 mil pessoas tinham confirmado o boicote na rede social
Até esta terça (24), mais 9 mil pessoas tinham confirmado o boicote na rede social Até esta terça (24), mais 9 mil pessoas tinham confirmado o boicote na rede social

Em protesto contra o bar Garota da Tijuca, onde um gerente cometeu crime de injúria racial na última sexta-feira (20) ao dar bananas para entregadores de materiais, um grupo de cariocas criou um evento no Facebook para boicotar o estabelecimento no próximo sábado (28). A ideia dos organizadores é “dar uma banana para o Garota da Tijuca”, indo a outro bares.

Apesar de muitos usuários comentarem na página do evento que o estabelecimento não tem nada a ver com a conduta “isolada” do gerente, os organizadores acreditam que a estratégia de protesto é válida. Até esta terça (24), mais 9.000 pessoas tinham confirmado o boicote na rede social. 

Na sexta-feira (20), Dia da Consciência Negra, três entregadores receberam bananas do gerente Correia Leal. Segundo o delegado da delegacia da Tijuca (19ªDP), Celso Ribeiro, Leal acreditava estar "fazendo uma brincadeira", mas de "forma infeliz".

A direção do estabelecimento disse que não compactua com qualquer “atitude discriminatória” e pretende colaborar com as investigações. O funcionário ficará suspenso durante o período de investigação e o Garota da Tijuca informa que agirá com rigor se for constatado crime.

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Após ser preso, Correia Leal pagou fiança de R$ 800 e foi liberado. O crime segue agora para ser analisado na Justiça do Rio e o suspeito pode pegar de um a três anos de reclusão, além do pagamento de multa.

O motorista do caminhão, Leonardo Valentim, define seu estado de espírito como uma mistura de sentimentos.

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— É difícil de digerir isso. A gente vê acontecendo na TV, com repórter, atriz, jogador de futebol, mas, quando acontece com a gente, é que a gente percebe como é difícil digerir uma situação como essa. Eu estou estarrecido. O crime não foi contra mim, foi contra uma sociedade.

William Dias Delfim, de 30 anos, outra vítima da injúria racial, defendeu que todo ser humano, independentemente da cor, seja respeitado.

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— É tudo ser humano, tem de ser tratado igual.

Veja a reportagem:

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