Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Justiça condena mulher de Nem da Rocinha a 28 anos de prisão por pagar propina a PMs

Danúbia Rangel foi condenada por corrupção ativa, associação para o tráfico e tráfico

Rio de Janeiro|Do R7

Mulher de Nem, Danúbia foi condenada por pagar propina a PMs
Mulher de Nem, Danúbia foi condenada por pagar propina a PMs Mulher de Nem, Danúbia foi condenada por pagar propina a PMs

A juíza Renata Gil, da 40ª Vara Criminal da Capital, condenou Danúbia de Souza Rangel, mulher do traficante Antonio Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha, a 28 anos de prisão pelos crimes de corrupção ativa, associação para o tráfico e tráfico de drogas. A sentença foi dada na terça-feira (15).

Sobre o crime de corrupção ativa, a magistrada sentencia que Danúbia, conhecida como "Xerifa da Rocinha", pagava propina a policiais para que os agentes fornecessem informações sobre a movimentação dos PMs no interior da comunidade, o que facilitava o tráfico de drogas e evitava enfrentamentos com os traficantes.

A condenação acontece pouco menos de uma semana após Danúbia ser solta, na tarde da última quarta-feira (9). Ela estava presa havia um ano e sete meses por associação ao tráfico. No dia 2 de março, o casal foi absolvido em decisão do juiz Tiago Fernandes de Barros, da 35ª Vara Criminal. Na condenação revelada nesta terça-feira, Danúbia foi condenada pelo crime de associação para o tráfico por ter ocupado posição de liderança na facção criminosa que atuava na Rocinha em 2011. Segundo informou o Tribunal de Justiça, ela repassava ordens do marido, que cumpre pena em presídio federal.

“A facção criminosa destaca-se pela violência com a qual trata os próprios integrantes do grupo e a sociedade que vive na região, que permanece subjugada aos mandos e desmandos dos traficantes que patrulham a comunidade armados. Os resultados e consequências do delito são graves, eis que vários são os crimes cometidos pela organização criminosa que comanda a comunidade da Rocinha, pretendendo com a sua atuação criminosa se substituir ao Estado legalmente constituído, impondo suas regras de conduta através do medo, terror e crueldade. A Unidade de Policia Pacificadora implantada na comunidade vem tendo dificuldades no patrulhamento devido a resistência do tráfico”, afirma a magistrada.

Publicidade

Sobre a condenação por tráfico de drogas, a juíza Renata Gil relata na sentença que a Polícia Militar enfrentava dificuldades no patrulhamento.

“A Unidade de Policia Pacificadora implantada na comunidade vem tendo dificuldades no patrulhamento devido à resistência do tráfico. Ressalte-se ainda que, juntamente com os corréus 'Nem' e 'Rogério 157', mantinha o comando sobre a venda de todo o material entorpecente na favela, tendo atuação ativa também na compra e distribuição da droga, funcionando a comunidade da Rocinha como importante entreposto de abastecimento da zona sul do Rio de Janeiro em função de sua posição estratégica na cidade”.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.