A Justiça do Rio negou o recurso da defesa do ex-catador de latinhas Rafael Braga na ação em que o réu responde pelos crimes de associação e tráfico de drogas. Por 2 votos a 1, os desembargadores do TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) mantiveram a condenação. Até a publicação desta reportagem, o R7 não conseguiu contato com a defesa do acusado.
Rafael Braga foi o primeiro preso pelas manifestações contra o aumento da tarifa de ônibus em junho de 2013 no Rio de Janeiro. O ex-catador de latinhas portava duas garrafas plásticas, uma com desinfetante e outra com cloro, e foi condenado a quatro anos e oito meses de prisão pelo crime de porte de material explosivo.
Em janeiro de 2016, quando ainda usava tornozeleira eletrônica, ele foi abordado enquanto caminhava em direção a uma padaria vestindo apenas bermuda e chinelos, levado à delegacia da Penha (22º DP) e autuado por associação para o tráfico, colaboração para o tráfico e tráfico de drogas.
Segundo os policiais que o abordaram, Rafael Braga estava com 0,6g de maconha e 9,3g de cocaína. De acordo com o DDH a acusação de porte de drogas, feita por policiais militares, é falsa.
Rafael Braga foi condenado pela 39ª Vara Criminal do Rio a 11 anos e três meses de reclusão.
Em setembro deste ano, o STJ (Supremo Tribunal de Justiça) autorizou que Rafael cumprisse o restante da pena em prisão domiciliar. Ele deixou o Complexo de Gericinó, em Bangu, após ter sido diagnostiado com tuberculose.