Cerca de 2 mil homens das Forças Armadas e das polícias Civil e Militar participaram, nesta terça-feira (14), de uma operação no Complexo do Rola e na Comunidade de Antares, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro. A ação, que envolveu o cerco, estabilização da área e desobstrução de vias, terminou com um suspeito morto e outros dois presos.
A Polícia Civil cumpre mandados judiciais, enquanto a Polícia Militar revista pedestres e veículos, verifica denúncias e faz o controle das vias e acessos da região, que poderão ser interditados, conforme informou o Comando Conjunto. Setores do espaço aéreo também poderão ser controlados, com restrições a aeronaves civis.
São empregados, no total das ações, 1.900 militares das Forças Armadas, 140 policiais militares e 45 policiais civis. Os agentes são apoiados por veículos blindados, aeronaves e equipamentos de engenharia para a remoção de barricadas.
"Moro em santa cruz há 18 anos e nunca vi isso na minha vida, parece que eu estou morando na Síria", escreveu um morador em uma rede social.
Segundo o Comando, a operação vai beneficiar, direta e indiretamente, cerca de 550 mil pessoas que moram e circulam pela área.
A ação se insere no contexto da intervenção federal na segurança pública do estado, que completa seis meses na próxima quinta-feira (16).
Guerra entre traficantes e milicianos
Desde o último dia 27 de julho, traficantes e milicianos estão em disputa pelo controle das comunidades de Antares e do Complexo do Rola. O serviço 17 do BRT, que sai de Campo Grande e atende a avenidas Cesário de Melo, tem sido interrompido durante as madrugadas por motivos de segurança.
*Estagiária do R7, sob supervisão de Odair Braz Jr.