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Mulheres perdem filhos em partos humanizados em hospital do Rio

Gestantes denunciam excesso de força e falta de cuidados durante os procedimentos 

Rio de Janeiro|Do R7

Carla denuncia morte do bebê durante parto humanizado
Carla denuncia morte do bebê durante parto humanizado Carla denuncia morte do bebê durante parto humanizado

Um grupo de mulheres denuncia abusos nos partos realizados no Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda, no centro do Rio. A unidade prioriza o parto humanizado, sem anestesia. Segundo as gestantes, a equipe médica não observa os cuidados necessários para preservar a saúde da mãe e do bebê.

Fora da cidade do Rio, na Baixada Fluminense, o índice de óbitos de fetos é muito acima do normal. A Organização Mundial da Saúde aceita 20 óbitos a cada 100 mil bebês. Na baixada, o índice é de 94,51.

Carla Marins da Silva estava com 41 semanas de gestação e foi liberada do Hospital Maternidade Maria Amélia Buarque de Hollanda porque não tinha dilatação suficiente. Em casa, a jovem não suportou as dores e retornou à unidade, onde permaneceu em trabalho de parto por 30 horas.

— Durante o parto, a equipe fez muito esforço e meu filho foi cuspido para fora de mim. Quando ele foi jogado em cima de mim, já estava desfalecido.

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O filho de Carla morreu após três dias internado na UTI neonatal.

— Mataram ele. Alguém tem que pagar por isso, porque aqui não podem matar pessoas. Quero que haja justiça porque é o meu filho, eu não posso conviver com o fato do meu filho ter morrido.

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A unidade que atendeu Carla observa alguns protocolos específicos como contração, dilatação e rompimento da bolsa. O longo tempo em trabalho de parto e a indução da dilatação prejudicam são prejudiciais, segundo as mães. Maria Wanda também é uma das pacientes da maternidade, mas não pretende fazer um parto normal.

— No parto do meu primeiro filho, o médico aconselhou que todos os partos deveriam ser cesáreas. Ainda vou explicar para a médica que vai me atender aqui.

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O presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado do Rio de Janeiro, Marcelo Viana, afirma que um trabalho de parto não deve durar tanto tempo.

— A partir do momento que a mulher entra na fase mais ativa, com 6 cm de dilatação, a Organização Mundial da Saúde disponibiliza e sugere um “partograma” que tem evolução de aproximadamente 8 horas. Não é apropriado um trabalho de parto por 20 horas. 

Assista ao vídeo:

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