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Operação Câmbio, Desligo: MPF denuncia Cabral e mais 61 pessoas 

Além do ex-governador, o doleiro Dario Messer, apontado como líder do esquema, está entre os acusados

Rio de Janeiro|Rayssa Motta, do R7*

O MPF (Ministério Público Federal) denunciou 62 pessoas investigadas na operação Câmbio, Desligo, desdobramento da Força-Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro. Entre os denunciados estão o ex-governador Sérgio Cabral e os doleiros Dario Messer, Cláudio de Souza e Vinícius Claret. O grupo é acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha, participação em organização criminosa e operação de instituição financeira não autorizada.

A partir das delações premiadas de Cláudio de Souza e Vinícius Claret, o MPF descobriu o esquema de operações financeiras ilegais por meio do qual os doleiros enviavam recursos ao exterior. Do Uruguai, Dario Messer, apontado como o "doleiro dos doleiros", prestava os serviços a outros denunciados.

Segundo a denúncia, o principal meio de lavar o dinheiro era em operações de compra e venda de dólares, chamadas operações dólar-cabo. Para viabilizar as operações, Messer chegou a ser proprietário de um banco em Antígua e Barbuda. Uma transportadora de valores também teria sido usada no esquema para gerar, custodiar e transportar reais em espécie, sem registro formal dos depósitos e depositantes.

A suspeita é de que tenham sido movimentados R$ 1,65 bilhão em 52 países.

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Cabral denunciado mais uma vez

Esta é a 24ª denúncia contra Sérgio Cabral. Agora, por lavagem de ativos, evasão de divisas e corrupção ativa. O MPF identificou operações de pagamento de propina a Cabral, entre os anos de 2011 e 2014, por parte da empreiteira Queiroz Galvão, no valor de R$ 23,9 milhões. A propina é relativa às obras de urbanização na Comunidade da Rocinha - PAC Favelas, construção do Arco Metropolitano e construção da Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro.

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Em nota, a defesa do ex-governador afirmou que "a acusação trata de temas que já estão sendo discutidos em Juízo" e que ele "não conhece e não teve, sequer, contato com as pessoas mencionadas pelo Ministério Público Federal".

Cabral está preso, desde novembro de 2016, por corrupção e lavagem de dinheiro.

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Em nota, a construtora Queiroz Galvão informou que não vai se pronunciar sobre o assunto. 

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

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