Os presidentes da Cruz Vermelha e de sua filial do Rio, Roseli Pimentel Sampaio e Luiz Alberto Lemos Sampaio, respectivamente, são alvos da operação Genebra. A ação visa cumprir dois mandados de busca e apreensão nas residências de Roseli e Luiz Alberto, que são suspeitos de participarem de um esquema de contratação fraudulenta da Cruz Vermelha Petrópolis para o gerenciamento das Upas de São Sebastião e Recanto das Emas, ambas no Distrito Federal, no ano de 2010.
A sede da Cruz Vermelha, no centro do Rio, também está sendo vasculhada pelos investigadores. Segundo a denúncia do MPDF (Ministério Público do Distrito Federal), a Cruz Vermelha Petrópolis recebeu antecipadamente dos cofres do DF a quantia de R$ 3,4 milhões, valores que hoje equivaleria R$ 9,7 milhões, sem ter prestado nenhum serviço às unidades de saúde.
Até o momento já foram apreendidos telefones celulares, computadores, pendrives e documentos. Na residência de Roseli Pimentel Sampaio foi encontrado um revólver, calibre 32, sendo autuada em flagrante e conduzida à respectiva delegacia circunscricional da área no Rio de Janeiro.
Em Brasília, o ex-secretário de saúde do Distrito Federal Joaquim Carlos da Silva Barros Neto também foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Ele é acusado de ter aprovado a concessão da administração das UPAs para a Cruz Vermelha Petrópolis sabendo das irregularidades do processo licitatório.