Quatro homens foram presos nas primeiras horas de ocupação da Polícia Militar no Complexo da Maré, na zona norte do Rio, na madrugada desta quarta-feira (1º). Os suspeitos foram detidos, pelos policiais militares, em um carro que continha um fuzil, duas pistolas e carregadores.
A ação iniciou com a formação de um cinturão de segurança nos acessos às comunidades da Praia de Ramos e Roquette Pinto, que foram as primeiras a serem ocupadas pela PM, por volta das 20h de terça-feira (31).
A chegada dos PMs no complexo é parte do processo de transição com a Força de Pacificação, composta por militares do Exército. A substituição se dará de maneira gradual.
Segundo a PM, um efetivo de 220 PMs, que vinha sendo preparado para atuar no patrulhamento, continuará na Maré. Esses policiais fazem parte da companhia vinculada à Coordenadoria de Polícia Pacificadora e estão, desde novembro do ano passado, atuando com a Força de Pacificação em todo o Complexo da Maré. Eles farão parte do efetivo da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora).
Na manhã desta quarta-feira, o relações públicas da PM, coronel Frederico Caldas, afirmou que a ideia é que um efetivo de 1620 policiais ocupem a Maré em substituição às Forças de Pacificação.
Caldas ainda destacou que a polícia não vai recuar no processo de pacificação.
— É preciso que nós reforcemos essa posição de que não há recuo, esse processo é inadiável. Nós não vamos voltar atrás no processo de pacificação.
O Exército ocupou a Maré em 5 de abril do ano passado, dois meses antes da Copa do Mundo no País. O complexo se localiza às margens da linha Vermelha, via que liga a Baixada Fluminense à região central do Rio, passando pela Ilha do Governador, onde fica o aeroporto do Galeão.
A operação das Forças Armadas envolveu cerca de 2.500 agentes. A princípio, os militares permaneceriam no local até 31 de julho, com a possibilidade de o prazo ser estendido. A Secretaria Estadual de Segurança então pediu que o governo federal autorizasse a permanência das tropas por mais tempo.
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