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PMs que forjaram cena do crime serão expulsos, diz Beltrame

Secretário diz que PMs serão tirados da corporação "o mais rápido possível"

Rio de Janeiro|Do R7

Vídeo gravado por moradora da Providência mostra PM colocando revólver na mão de jovem e atirando
Vídeo gravado por moradora da Providência mostra PM colocando revólver na mão de jovem e atirando Vídeo gravado por moradora da Providência mostra PM colocando revólver na mão de jovem e atirando

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, disse nesta quinta-feira (1º) que os cinco policiais militares presos após forjarem tiroteio no morro da Providência, na última terça-feira (29), serão expulsos da corporação.

— A única maneira que eu tenho de me desculpar à população do Rio de Janeiro é colocando essas pessoas na rua.

Beltrame disse que os agentes serão expulsos da corporação "o mais rápido possível" por meio de um processos administrativo disciplinar.

— Essas pessoas não servem e essas pessoas vão embora.

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Assista ao vídeo: policiais montam cena de crime após morte de adolescente no morro da Providência

Imagens feitas por moradores mostram que os PMs da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Providência dispararam uma arma de fogo após colocá-la na mão de Eduardo Felipe Santos Victor, de 17 anos, para forjar um confronto com o adolescente. A Justiça do Rio decretou nesta quarta-feira (30) a prisão preventiva dos cinco policiais.

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Na decisão, a juíza Maria Izabela Pena Pieranti afirma que não há razão para relaxar a prisão, devido ao flagrante ser regular, inclusive materialmente. Pieranti também diz que “existem suficientes indícios de autoria e prova da existência do crime”. A magistrada também determinou que a fiança arbitrada em 50 salários mínimos, cerca de R$ 40 mil, fosse cassada.

Os policiais Eder Ricardo de Siqueira, Paulo Roberto da Silva, Pedro Victor da Silva Pena, Riquelmo de Paula Geraldo e Gabriel Julião Florido já se encontram presos administrativamente.

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A Delegacia de Homicídios abriu dois inquéritos sobre o caso — um que investiga o homicídio e outro que apura a chamada fraude processual, quando há mudança da cena do crime para acobertá-lo. Os investigadores vão realizar uma reprodução simulada do crime com a participação dos PMs, cujas armas foram apreendidas para serem periciadas.

Os policiais serão indiciados pela Polícia Civil por fraude processual. Os cinco responderão também a Inquérito Policial Militar, que investiga administrativamente a conduta dos agentes.

Protestos

Os protestos, que tiveram início após a circulação do vídeo, continuaram na quarta-feira (30). Na terça, um morador que lançou uma pedra em um ônibus morreu após ser atingido por estilhaços. Na manhã de ontem, ao menos oito ônibus, que fazem trajeto do centro à zona sul, foram apedrejados, segundo a Rio Ônibus.

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