A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (6), a operação Águas Claras para apurar um esquema de desvio de recursos públicos repassados à CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos), envolvendo dirigentes do órgão e empresários. Quatro pessoas foram presas e quatro foram conduzidas coercitivamente a unidades da PF em São Paulo e no Rio de Janeiro. Outros 16 mandados de busca e apreensão também foram cumpridos. Todas as medidas foram expedidas pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
As investigações apuram o destino de cerca de R$ 40 milhões repassados à CBA. Há indícios de um esquema de desvios de recursos públicos captados por meio de convênios e leis de fomento ao esporte, sem a devida aplicação - conforme previsto em lei e nos contratos assinados. A operação começou após denúncias de atletas, ex-atletas e empresários do ramo esportivo brasileiro.
De acordo com a PF, apesar de se tratar de entidade privada, o dinheiro recebido pela confederação desportiva vinha de recursos públicos federais por meio de convênios com o Ministério do Esporte, provenientes da lei de incentivo ao esporte, Agnelo Piva. Além disso, a confederação também tinha patrocínio dos Correios. Dessa forma, ela estaria submetida à Lei de Licitações e seus agentes seriam considerados funcionários públicos para efeitos penais. Os investigados responderão, de acordo com suas participações, pelos crimes de peculato, associação criminosa e fraude a Lei de Licitações.
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