A Polícia Civil identificou 12 pessoas envolvidas na depredação da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), nesta terça-feira (2). A corporação informou que um inquérito foi instaurado para apurar o caso. Os seguranças foram intimados e agentes analisam câmeras de segurança do local.
O reitor da instituição, Ricardo Vieiralves, declarou que os custos com os prejuízos causados pela confusão, na última quinta-feira (28), estejam em torno de R$ 100 mil.
Entenda o caso
Na noite de quinta-feira, os alunos da Uerj estavam reunidos em assembleia quando souberam da demolição de prédios na favela do Metrô, na avenida Radial Oeste, que fica ao lado da universidade, no Maracanã, zona norte. O protesto, que reuniu moradores e estudantes e chegou a interditar a via, foi disperso com bombas de efeito moral lançadas pela PM.
Segundo relatos nas redes sociais, a Guarda Municipal tentou impedir a continuação do protesto, que interditou a avenida Radial Oeste até as 20h20.
Ao retornar para a universidade, alunos foram recebidos com jatos de água pela segurança do local para evitar que entrassem no prédio. Os alunos revidaram lançando pedras e vidros foram quebrados durante o confronto. A fachada da universidade foi depredada.
Após o confronto, a entrada da universidade ficou completamente destruída. Houve depredação, também, de móveis da universidade como forma de protesto à repressão. Alguns alunos e professores que não participaram do protesto relataram que estavam com receio de deixar o prédio por causa da possibilidade de um novo confronto.