O Procon-RJ, órgão ligado à Secretaria Estadual de Defesa do Consumidor, iniciou nesta quarta-feira (30) a fiscalização das empresas de carros-pipa que abasteceram nas bicas da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos) nos dias 26, 27 e 28 de outubro. A ação faz parte da operação “Piratas do Guandu” que tem o objetivo de descobrir quem foram os responsáveis por cobrar preços abusivos pelo serviço de carros-pipa durante o período de falta d’água na capital fluminense, desde a última sexta-feira até esta segunda.
Na terça-feira (29), o órgão de defesa do consumidor pediu a Cedae a lista de empresas que se abasteceram com a companhia para iniciar a operação. A Polícia Civil também pediu a listagem das empresas suspeitas. As delegacias Fazendária, do Consumidor e de Defesa dos Serviços Delegados vão investigar os casos. Inquéritos serão abertos para apurar crimes tributários e contra a economia popular.
Denúncias dão conta de que empresas, que normalmente cobram R$ 900 pelo fornecimento de um tanque d’água, chegaram a pedir R$ 4.000 nos últimos dias. O Procon pretende autuar e multar os responsáveis.
Para facilitar a “caçada” do órgão de defesa do consumidor, os clientes que se sentiram lesados devem procurar o Procon (telefone 151) e denunciar os abusos. A nota fiscal com o valor pago pelo serviço pode ser importante.
O problema de distribuição de água surgiu após a paralisação da estação de tratamento de Guandu, na quinta-feira (17), para manutenção. Em seguida, o estouro de uma tubulação na Radial Oeste provocou falta d’água em seis bairros. O problema foi resolvido no começo da tarde desta segunda, conforme informou a Cedae.