A Polícia Civil indiciou nesta quinta-feira (21), o homem que alugou um helicóptero para lançar pétalas de rosa no enterro de Natan Isaque Souza Santos, apontado como chefe do tráfico de drogas na Vila Aliança, na zona oeste do Rio de Janeiro. Além dele, a mulher que o acompanhou na contratação da aeronave também foi indiciada por associação criminosa.
De acordo com a delegada Adriana Belém, da 16ª DP (Barra da Tijuca), o casal foi identificado após análise das câmeras de segurança da empresa de táxi áereo. Em depoimento, o rapaz alegou que havia sido coagido por traficantes da favela de Acari, na zona norte.
Contudo, segundo a Polícia Civil, a explicação não convenceu os investigadores, que continuaram apurando o caso. A versão contada foi confrontada com o depoimento do motorista de aplicativo que levou o casal até o aeroporto de Jacarepaguá, na Barra da Tijuca, de onde decolocou a aeronave.
Aos policiais o motorista contou que a corrida foi solicitada pelo aplicativo do próprio suspeito. Antes de chegar ao aeroporto, o casal parou em uma floricultura para comprar as pétalas. Ele disse ainda que não demonstrou nervosismo em nenhum momento, versão confirmada pelo depoimento dos pilotos.
A empresa contratada pelo serviço informou à Polícia Civil que o casal pagou R$ 3 mil em espécie pela homenagem. Além do casal, dois suspeitos de chefiar o tráfico de drogas na favela de Acari também foram indiciados.
Natan Santos é um dos sete suspeitos mortos no início do mês durante confronto com a polícia na área de mata, próxima à praia vermelha, na Urca, zona sul da cidade. Ele pertencia, segundo a polícia, a um grupo que tentou invadir a comunidade da Babilônia, no Leme.
*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa