Dezesseis suspeitos - oito com mandado de prisão e mais oito em flagrante - foram presos durante uma operação das Forças Armadas na Rocinha, zona sul do Rio, neste sábado (9). Um dos detidos ficou ferido após entrar em confronto com os agentes policiais, segundo informações do CML (Comando Militar do Leste).
Entre os detidos está um homem de 31 anos apontado como responsável pela morte de um PM, em 2012, na comunidade.
De acordo com informações do Disque Denúncia, o policial Diego Bruno Barbosa Henrique foi assassinado com um tiro no rosto quando realizava um patrulhamento a pé. O crime aconteceu uma semana antes da inauguração da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha.
Até as 12h deste sábado, o Gabinete de Intervenção Federal havia confirmado também a apreensão de munições - ainda não contabilizadas - na comunidade.
Pela manhã, o interventor federal na Segurança Pública do Rio, coronel Braga Neto, esteve na Rocinha para acompanhar a operação.
Operações na zona sul
O Comando Conjunto das Forças Armadas realizou uma ação simultânea em quatro comunidades da zona sul: Rocinha, Vidigal, Chácara do Céu e Parque da Cidade.
A operação tinha como objetivo realizar cerco, estabilização, dinâmica da área e remoção das barricadas.
Nas redes sociais, usuários relataram ter ouvido sons de tiros na Rocinha no início da manhã. No entanto, o comércio abriu as portas e não houve registro de moradores feridos.
Por segurança, a autoestrada Lagoa-Barra ficou fechada por cerca de uma hora.
As autoridades não confirmaram por quanto tempo vai durar a operação. Em nota, o CML informou que "o sigilo sobre o término da operação é parte importante para o sucesso da ação".