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Vítimas de queda de passarela serão sepultadas nesta quarta

Polícia investiga se caçamba de caminhão se ergueu por falha mecânica

Rio de Janeiro|Do R7

A queda da passarela na linha Amarela provocou quatro mortes
A queda da passarela na linha Amarela provocou quatro mortes A queda da passarela na linha Amarela provocou quatro mortes

Depois de terem problemas para conseguir a liberação dos corpos no Instituto Médico Legal, os familiares dos quatro mortos na queda de uma passarela na avenida Brasil devem realizar os enterros nesta quarta-feira (28). O motorista do caminhão responsável pelo acidente disse à polícia, em depoimento informal, que não sabia que a caçamba estava levantada. O compartimento bateu violentamente na ponte metálica e provocou o desmoronamento.

O sepultamento do bancário Adriano de Oliveira, de 26 anos, está marcado para as 13h no cemitério de Inhaúma. A tia do rapaz, Luzia Soares, contou para a reportagem da Record que o pai dele viu quando o filho estava atravessando a ponte e foi lançado para um córrego.

— Só falou para a mãe dele, ‘nosso filho caiu, vamos lá’, e foram para lá. Mas aí não dava para fazer nada por causa da altura, né.

Adriano foi resgatado pelos bombeiros ainda com vida de dentro do córrego e levado para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Além dele, Célia Maria, de 64 anos, também estava na passarela e morreu na queda. A idosa havia saído de casa para fazer compras em uma feira do outro lado da linha Amarela. Ela estava acompanhada pela nora, Liliane, de 36 anos, que fraturou a bacia na queda e está internada com quadro estável no hospital Souza Aguiar.

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As outras duas vítimas fatais foram Renato Soares, de 62 anos, motorista de um carro Pálio, e o taxista Alexandre Almeida, que teve o carro esmagado pela estrutura metálica.

Cinco pessoas ficaram feridas, sendo duas com gravidade. Luiz Carlos Guimarães, de 60 anos, estava no banco de trás do carro dirigido por Renato Soares e deu entrada no Hospital Municipal Salgado Filho com traumatismo craniano grave com edema cerebral e fratura de arcos costais. Jairo Z., de 40 anos, foi levado para o Hospital Geral de Bonsucesso com fratura exposta no braço, traumatismo craniano, fratura de coluna e pneumotórax.

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Investigação

O motorista do caminhão, Luiz Fernando Costa, foi hospitalizado e está fora de perigo. Ele teve escoriações na região abdominal e sofreu lesão no fígado. É possível que Luiz só receba alta daqui a dois dias, quando deverá prestar o depoimento oficial à polícia.

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No hospital, nesta terça-feira, o condutor contou ao delegado Fábio Asty, da 44ª Delegacia de Inhaúma (40ª DP), que não percebeu o acionamento da caçamba que derrubou a passarela. Asty revelou detalhes da conversa com o motorista.

— Ele explicou de forma lúcida que pegou o caminhão em Água Santa [zona norte do Rio] e iria para a Rodoviária Novo Rio buscar entulho. Após a altura de Pilares, ele não percebeu que a caçamba tinha levantado. A perícia vai nos dizer se houve algum problema mecânico. O foco da investigação é esse, saber se houve um acionamento involuntário.

O motorista afirmou ao delegado que trafegava a 85 km/h - acima da velocidade máxima permitida, que é de 80 km/h na faixa em que ele trafegava. Nas outras faixas o limite é de 100 km/h.

O caminhão foi analisado por peritos, que deverão apresentar um laudo dentro de 30 dias. O objetivo é descobrir se houve falha mecânica na suspensão da caçamba. Testemunhas deverão prestar depoimento nos próximos dias, incluindo um motorista de ônibus que teria alertado o condutor do caminhão sobre o levantamento da caçamba.

Assista ao vídeo:

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