O governador Geraldo Alckmin criticou as transportadoras de valores e disse que pedirá à Polícia Federal um "pente-fino" nessas empresas. "Quem tem de guardar dinheiro é banco", falou durante inauguração de uma penitenciária em Piracicaba, interior de São Paulo, nesta terça-feira (26).
As declarações foram feitas após ser questionado sobre os mega-assaltos registrados no interior paulista. Nesta madrugada, após ter informações de que uma dessas companhias seria atacada, a Polícia Civil mobilizou dezenas de homens para vigiar o local até o início da manhã.
Alckmin contou já ter conversado a esse respeito com o secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho.
— Estamos solicitando um pente-fino em todas essas empresas. Temos uma suspeita de que estão armazenando recursos"
Para ele, cabe aos bancos armazenarem grandes quantias.
— O que está fazendo dinheiro dentro da transportadora?
Alckmin alegou que não é responsabilidade do Estado autorizar e fiscalizar essas companhias.
— Nós vamos ajudar também a fiscalizar, mas tem que ser feito pela Polícia Federal.
Questionada a respeito de toda essa situação, a Polícia Federal informou à reportagem que "não se manifestará sobre as críticas do governador".
Ataques
A Polícia Civil fez um cerco para evitar um novo assalto à Prosegur, dessa vez em Campinas. Após receber a informação de que a empresa seria atacada nesta madrugada, mais de 50 policiais fortemente armados cercaram o local, usando veículos atravessados nas ruas próximas para evitar a aproximação dos bandidos.
O ataque — que teria sido descoberto através de escutas telefônicas, não aconteceu e pela manhã o cerco foi desmontado. Antes disso, no início deste mês, a mesma empresa foi atacada no maior assalto da história de Ribeirão Preto e que resultou em pelo menos duas mortes e no roubo de mais de R$ 50 milhões.
Campinas já havia sido alvo também de ataques a transportadoras de valores, assim como Santos, no litoral do Estado, motivos para as críticas do governador.
Prisão
A penitenciária masculina inaugurada hoje em Piracicaba tem mais de 11 mil m² de área construída e capacidade para abrigar 847 detentos em regime fechado. O investimento do governo do Estado no empreendimento foi de R$ 36,2 milhões.
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