O companheiro de uma aluna autista do curso de odontologia da Unicid (Universidade Cidade de São Paulo), na zona leste da capital, acusa um professor de tratá-la de forma humilhante na frente de outros colegas. A mulher teve uma crise após a discussão com o docente.
Na noite desta quinta-feira (7), durante uma aula, o professor pediu a Eliana que apertasse sua mão. A mulher, então, explicou que era autista e que não gostava de ser tocada.
Segundo o marido da estudante, o professor começou a se exaltar e gritar para que Eliana olhasse em seu olho. Em seguida ele começou a perguntar qual remédio a aluna tomava e se ela tinha algum laudo para comprovar a doença.
Nesse momento, Eliana teve uma crise e começou a chorar. Ela também se agachou em um canto com as mãos na cabeça e se movimentou, hábito que pode ser comum em quem tem autismo e passa por algum incômodo.
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De acordo com o marido, Alexandre, a faculdade tem um laudo médico com o perfil de Eliana e o coordenador do curso encaminhou um email a todos os professores para informar sobre o caso.
Alexandre foi até a faculdade para buscar Eliana e, acompanhado de um advogado, eles estão na delegacia para registrar um boletim de ocorrência. O caso foi registrado no 10° Distrito Policial, na Penha.
A reportagem entrou em contato com a Universidade Cruzeiro do Sul, responsável pela Unicid, que enviou um comunicado sobre o caso:
“A Universidade Cidade de S. Paulo declara que realizará apuração interna dos fatos e está entrando em contato com a aluna para prestar-lhe o auxilio necessário. A instituição repudia quaisquer atos que coloquem pessoas em situação vulnerável, discriminatória ou de constrangimento e que, constatada qualquer conduta inadequada, medidas de acordo com Regimento Interno serão tomadas e está à disposição das autoridades competentes.”