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Caso Yoki: Elize Matsunaga deve ser interrogada neste sábado

Julgamento entrou no sexto dia nesta manhã, em SP; Elize responde pelo assassinato do marido

São Paulo|Ana Ignacio, do R7

Elize Matsunaga (esq.) durante o julgamento deste sábado
Elize Matsunaga (esq.) durante o julgamento deste sábado Elize Matsunaga (esq.) durante o julgamento deste sábado

A expectativa é que Elize Matsunaga, acusada de matar e esquartejar o marido, Marcos Matsunaga, em maio de 2012, seja interrogada na tarde deste sábado (3). No entanto, até as 20h, o interrogatório não havia começado. 16 testemunhas foram ouvidas e o júri entrou nesta manhã em seu sexto dia. 

Por volta das 11h30 os trabalhos começaram com a leitura de depoimentos de testemunhas que não foram ouvidas em plenário, mas prestaram esclarecimentos à polícia em outro momento da investigação. Após o almoço, foram retomadas as leituras dos depoimentos.

O primeiro depoimento lido neste sábado foi o de Nathalia Vila Real Lima, garota de programa com quem Marcos estava saindo. O relacionamento dos dois foi descoberto após Elize contratar um detetive para seguir o marido.

No testemunho de Nathalia, ela falou sobre como conheceu Marcos e deu alguns detalhes da relação dos dois. A jovem confirmou que ele chegou a pagar algumas coisas para ela (como a blindagem de um carro de luxo) e emprestar dinheiro para ajudar Nathalia a se mudar e a mobiliar um apartamento e relatou que os dois viajaram para o Uruguai.

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Segundo ela, Marcos relatou que fazia terapia de casal e que já tinha falado para Elize que queria se separar, mas nunca teria ameaçado tirar a filha dela. Ainda de acordo com as confidências dele, Elize tinha ciúmes da primeira filha de Marcos e não gostava que ele falasse com a criança. O empresário não tinha medo de ser descoberto e teria dito que Elize jamais colocaria um detetive atrás dele.

De acordo com Nathalia, Marcos planejava se separar de Elize "em breve", talvez no mês de julho, após conclusão da venda da empresa. Ele disse que depois disso queria ir abrir um negócio em Miami e convidou Nathalia para ir junto.

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Após a leitura dessas peças, será a vez de ouvir Elize Matsunaga. De acordo com a defesa, ela não irá responder aos questionamentos da acusação, ficando à disposição apenas do juiz, da defesa e dos jurados, que podem enviar perguntas por escrito para a ré.

O plenário está lotado neste sábado. A fila dos interessados em acompanhar o júri — a maioria composta por estudantes de direito e advogados — começou logo cedo e, mesmo após o preenchimento das cadeiras, muita gente ainda continua do lado de fora.

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Em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, há uma fila de pessoas que aguarda, sob forte sol na tarde deste sábado, a desistência de quem já está dentro do plenário para poder assistir ao júri. A grande expectativa das pessoas é acompanhar o interrogatório de Elize.

Jurados do caso Matsunaga bombardeiam testemunhas de perguntas: veja o que eles querem saber

Elize é acusada de homicídio doloso triplamente qualificado (meio cruel, motivo tope e impossibilidade de defesa da vítima). Ainda não há confirmação de quando sairá a sentença de Elize. Após seu interrogatório ainda haverá os debates entre a acusação e a defesa e depois o conselho de sentença de reúne para chegar a uma conclusão sobre o caso. O júri começou na segunda-feira (28).

Versões para o crime

Defesa e acusação estão com duas linhas de argumentação claras e tentam, por meio das perguntas feitas às testemunhas, convencer o júri sobre o que aconteceu naquele 19 de maio, data do crime, e nos dias seguintes quando houve o esquartejamento e a ocultação do corpo. Para a acusação, Elize matou o marido para se vingar após descobrir uma traição e por interesse financeiro. Ela teria premeditado o crime e o surpreendeu com um tiro na cabeça quando ele entrou no apartamento do casal após descer para pegar uma pizza. Além disso, ela teria esquartejado Marcos ainda vivo.

Já a defesa afirma que Elize era vítima de agressões verbais e vivia um casamento abusivo. Após Marcos ameaçar tirar a filha do casal de Elize, então com um ano de idade, ela teria cometido o crime. Antes do disparo, segundo a versão da defesa, os dois discutiram e Marcos ainda teria dado um tapa no rosto de Elize, que atirou para se defender.

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