No final do verão em São Paulo, os números deixados pelas chuvas, comuns na estação, são assustadores. Os temporais mataram mais do que o dobro de pessoas e a quantidade de desabrigados ou desalojados triplicou em relação ao verão 2011/2012, segundo dados da Coordenação Estadual de Defesa Civil. Cerca de 24% das cidades paulistas registraram estragos nessa época.
No verão 2011/2012, 58 cidades foram afetadas pelas chuvas. Nesse verão foram 153: um aumento de 164%. Mais da metade dos municípios da Grande SP teve transtornos devido aos temporais.
As mortes causadas pela chuva aumentaram em 150%. Metade dos casos aconteceu na Grande São Paulo, na Baixada Santista e no litoral norte. A capital registrou dois óbitos.
A principal causa das mortes são as enchentes (50%), seguida dos raios (23%) e desabamentos (10%). Sete pessoas perderam a vida vítimas de descargas elétricas. No dia 6 de janeiro, um casal morreu atingido por um raio quando andava na areia da praia, em Bertioga.
Dilúvio em São Paulo: águas de fevereiro causam mortes e transtornos no Estado
O último verão também fez com que mais pessoas deixassem as casas no Estado por causa de enchentes ou risco de desmoronamento. Aumentou em 315% número de pessoas desalojadas ou desabrigadas, em relação ao último verão.
Até esta sexta-feira (29), 407 pessoas permaneciam fora de suas casas na região da Baixada Santista. Em todo o Estado, o número chegava a 630.
São Sebastião e Cubatão
As fortes chuvas de fevereiro e março castigaram as cidades de Cubatão e São Sebastião. Nos dois municípios, as chuvas do dia 22 de fevereiro causaram mortes — uma na rodovia dos Imigrantes e outra, de uma menina de 12 anos, em São Sebastião.
Em fevereiro, Cubatão decretou situação de emergência, depois que mais de 300 pessoas ficaram desabrigadas. Um mês depois, foi a vez de São Sebastião, que decretou estado de calamidade pública no dia 17 deste mês.