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"Ele tinha interesse sexual na Bianca", diz delegada sobre Sandro Dota

Gisele Capello e investigador não têm dúvidas sobre a autoria do crime

São Paulo|Thiago de Araújo, do R7

Bianca Consoli foi morta dentro de casa; júri de Sandro Dota começou nesta segunda-feira
Bianca Consoli foi morta dentro de casa; júri de Sandro Dota começou nesta segunda-feira Bianca Consoli foi morta dentro de casa; júri de Sandro Dota começou nesta segunda-feira

A delegada Gisele Capello e o investigador Maurício Vestyik afirmaram que não possuem nenhuma dúvida de que o motoboy Sandro Dota matou e estuprou a jovem Bianca Consoli, 19 anos, em setembro de 2011. Eles reiteraram essa visão durante os depoimentos que prestaram durante o julgamento de Dota, na tarde desta segunda-feira (16), no Fórum Criminal da Barra Funda, zona oeste de São Paulo.

Chamado pela acusação, o investigador reafirmou o que já tinha dito no julgamento anterior, de que Dota era o único que não possuía álibi para o dia e horário do crime. Ainda segundo Vestyik, as investigações apontaram que o motoboy teria demonstrado muito cuidado com o local do crime, após supostamente matar e estuprar a universitária. Ele teria se preocupado, por exemplo, em trancar a casa quando saiu.

— Tudo o que Sandro nos dizia não correspondia com o que era apurado. Tentamos fazer exames de DNA e ele dizia que não precisava produzir prova contra si mesmo. Acho que a questão da vítima estar arrumada, quando o corpo foi encontrado, não exclui a possibilidade que ele tenha arrumado as roupas dela depois do estupro.

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Vestyik disse que Bianca era um “objeto de desejo” de Dota e que, por isso, o suspeito teria premeditado o crime. Essa também foi a opinião de Gisele Capelo, delegada que investigou o crime. Ela reafirmou que indiciaria Dota mesmo sem ter o exame de DNA.

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— Ele foi visto na casa e assediava Bianca. Chamava ela de gostosa, ela queria contar tudo para a família, mas tinha medo. A nossa investigação já esperava não ter o DNA dele, então verificamos todos os possíveis suspeitos, todos os pontos e tudo que foi colhido coloca Sandro no local do crime. Ele sempre teve intenção sexual com ela.

A delegada disse ainda que a relação entre a esganadura, que causou asfixia de Bianca, possui relação com o estupro, segundo a experiência policial dela e de levantamentos anteriores envolvendo crimes sexuais.

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