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Falta de luz atrasa liberação de corpo de jovem eletrocutado

Rapaz morreu após árvore arrebentar fiação elétrica no bairro da Lapa, zona oeste da capital

São Paulo|Do R7

Familiares do pintor Walmir da Cruz, de 23 anos, aguardam a liberação do corpo no IML da Vila Leopoldina, na zona oeste
Familiares do pintor Walmir da Cruz, de 23 anos, aguardam a liberação do corpo no IML da Vila Leopoldina, na zona oeste Familiares do pintor Walmir da Cruz, de 23 anos, aguardam a liberação do corpo no IML da Vila Leopoldina, na zona oeste

Eram 6h desta sexta-feira (21), quando familiares do pintor Lailson Silva de Almeida, de 23 anos, chegaram ao IML (Instituto Médico Legal) Oeste, na região da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), na zona oeste da capital paulista, para liberar o corpo e preparar o velório. O rapaz havia morrido eletrocutado na tarde anterior, após uma árvore arrebentar uma fiação na Lapa, também na zona oeste. Às 14h35, ainda aguardavam sentados. O motivo: falta de energia.

— Ainda não conseguimos liberar o corpo porque estava sem luz. É um descaso.

A vendedora Laís Silva de Almeida, de 25 anos, a única irmã da vítima, conta que, apesar de Almeida ter sido transferido ao IML de madrugada, às 2h, o trabalho dos legistas não pôde ser realizado porque a unidade só retomou o abastecimento de energia por volta das 13h.

Almeida morava sozinho na mesma rua da casa onde vivem Laís e a mãe, no Parque Anhanguera, na Marginal do Tietê. Há oito meses, o pintor trabalhava em uma oficina na rua Albion, na Lapa.

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Almeida recebeu o último salário na quinta-feira (20), mesmo dia em que morreu. Apesar de não ter filhos, o xodó do pintor era um afilhado, que completou dois anos nesta sexta.

— Ele me disse que ia comprar uma motinha de presente para o menino. Mas não deu tempo.

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A vítima foi eletrocutado após a fiação de um poste ser rompida por uma árvore que caiu. Almeida foi atingido ao tentar fechar o portão da oficina.

— Os amigos do trabalho tentaram reanimá-lo. Eles disseram que ele ainda chegou a abrir os olhos, mas depois apagou.

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O trânsito provocado pelos alagamentos na região dificultaram a chegada da ambulância.

— Os amigos pararam uma viatura, e os policiais tiveram de carregar meu irmão no braço porque estava tudo travado.

A mãe da vítima, que sofre de pressão alta, foi hospitalizada ao saber que o filho havia morrido.

— Ele estava tentando recomeçar a vida. Queria casar, ter filho, construir uma família.

Almeida é descrito como "brincalhão" e "palmeirense roxo". A frase que sempre repetia para a irmã era que "Queria ser ruim que nem ela". "Ele era muito bonzinho, deixava os outros passar a perna nele."

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